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Flexibilidade é principal vantagem competitiva das empresas nacionais
2014-06-25

Elevado desempenho ao nível da qualidade, flexibilidade, entrega e custo são características das 34 empresas portuguesas que participaram no Inquérito Internacional de Estratégias de Produção (IMSS). Este foi realizado pela Faculdade de Economia e Gestão da Católica Porto, em parceria com o INESC TEC e FEUP.

As conclusões do estudo – que desvenda as melhores práticas empresariais utilizadas no sector industrial em Portugal e no mundo – indicam que as empresas nacionais apresentam níveis elevados de implementação de boas práticas em áreas com a qualidade, flexibilidade e produtividade e que conquistaram, nos últimos três anos, uma melhoria de desempenho acima da média da amostra global (composta por 843 empresas em todo o mundo).

O posicionamento estratégico de Portugal destaca-se da amostra global pela atribuição de maior importância ao preço e à flexibilidade, esta última nomeadamente nas vertentes de produção à medida e em pequenos lotes. Relativamente ao nível da gestão de recursos humanos, as empresas nacionais revelaram elevados níveis de flexibilidade da força de trabalho, sendo esta utilizada como estratégia chave para lidar com as flutuações da procura. No entanto, o baixo custo assume-se ainda como uma importante vantagem competitiva de Portugal na atração de investimento industrial, particularmente quando comparado com outros países europeus.

O estudo revela, contudo, que as fábricas nacionais apresentam menor autonomia no desenvolvimento de produtos e processos e um papel mais reduzido enquanto centros de conhecimento. Será necessário, por isso, aumentar o investimento, de modo a fortalecer o papel das fábricas portuguesas nas redes internacionais de produção. Apesar de se encontrar em linha com os seus concorrentes internacionais em muitas áreas, Portugal apresenta, ainda, níveis reduzidos de utilização de práticas de servitização, isto é, de oferta de serviços associados aos produtos vendidos.

As conclusões demonstram, também, que em 2013 Portugal apresentou baixos níveis de investimento em I&D, em competências da força de trabalho e iniciativas estratégicas, pelo que se esta situação se prolongar pode comprometer a competitividade a longo prazo. Assim, a próxima fronteira de competitividade deverá centrar-se na afirmação das empresas nacionais como centros de conhecimento e competências nas redes de produção internacionais.

O IMSS é um projecto de investigação internacional, realizado de quatro em quatro anos, fruto da coordenação conjunta de cerca de 45 das mais respeitadas escolas de negócios e universidades de todo o mundo. Portugal – que pertence à rede internacional desde a origem do projecto, em 1992 – é representado pela Faculdade de Economia e Gestão da Católica Porto. A mais recente edição do inquérito contou com a participação de 843 empresas de 19 países da Europa, América e Ásia.


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L.Branca/PAE

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