De acordo com os mais recentes dados da Cushman & Wakefield (C&W), o mercado de investimento imobiliário no sector de retalho na região EMEA tem vindo a crescer desde o final de 2013. No entanto, a procura supera a oferta disponível de imóveis de qualidade e nos mercados principais, o que está a levar os investidores a procurar activos em zonas secundárias e/ou imóveis de qualidade inferior.
Os mercados “core” da Alemanha, Reino Unido e França registaram em conjunto uma quota de mercado de 68% do investimento imobiliário do sector no primeiro trimestre, comparando com os 60% registados no mesmo período de 2013.Contudo, alguns mercados mais pequenos observaram aumentos significativos de investimento em retalho, como Espanha, Áustria, Itália, Irlanda e Holanda.
O investimento em centros comerciais começa a ser o enfoque de um vasto leque de investidores, como mostrado pelo recente interesse de investidores chineses e malaios no mercado do Reino Unido, especialmente em projectos de grande dimensão. Enquanto a maioria do investimento é direccionada para os centros comerciais, os investidores privados, por seu lado, continuam a preferir investimentos em lojas de rua nos principais destinos de retalho mundiais.
Na Europa Central e de Leste, a Polónia e a República Checa tiveram um bom desempenho no primeiro trimestre do ano, enquanto a Rússia e a Ucrânia registaram um decréscimo na actividade de investimento pela incerteza política vivida nesses países. A Europa do Sul continua em crescente popularidade no mercado de investimento imobiliário, com Espanha a liderar o interesse dos investidores mas também Itália e Portugal a captarem a atenção das principais casas de investimento.
Em Portugal, o sector de retalho foi responsável por 60% do total de investimento comercial em 2013, que se situou nos 323,5 milhões de euros. O dinamismo deste sector tem-se mantido ao longo do início de 2014, concentrando cerca de metade do volume transaccionado, valor ao qual acresce a compra de 50% do AlbufeiraShopping e Centro Comercial Continente de Portimão pela Sonae Sierra à Grosvenor. A procura no mercado nacional é notoriamente maior, especialmente para comércio de rua em Lisboa e Porto e centros comerciais de primeira linha, o que levou no primeiro trimestre de 2014 à descida generalizada das "yields prime", situando-se o comércio de rua nos 6,5% e os centros comerciais nos 7,5%.