O gasto dos lares portugueses no primeiro trimestre do ano, em "Total Ticket", caiu 2,8% face ao trimestre homólogo, revela uma análise da Nielsen sobre o comportamento do "shopper e retalho", onde partilha as principais tendências do "shopper" português nos primeiros meses de 2014.
A diminuição do gasto resulta de uma queda na frequência de compra, ou seja, as famílias portuguesas, apesar de gastarem mais por ocasião de compra, reduzem o número de visitas às lojas. Para o mesmo período, as ocasiões de compra descem em 2,1, embora com um gasto/ocasião superior. Esta tendência está em linha com os países da Europa Ocidental.
Os folhetos semanais não parecem contribuir para aumento da frequência de compra. Em média, o "shopper" faz compras a cada três dias, o que significa, no mínimo, duas idas às compras na vigência de um folheto semanal. Por isso, o "shopper" não precisa de mudar comportamento de compra para tirar partido da oferta semanal de folhetos.
No entanto, o número de "shoppers" que vão com menor frequência às lojas, que têm preferência por “planeamento” e maior cesta aumentou. Os folhetos promocionais podem estar a tornar-se numa ajuda ao planeamento das compras destes "shoppers".
Em relação às insígnias, o Continente e o Pingo Doce mantêm a tendência de 2013 e aumentam as respectivas quotas no primeiro trimestre face ao período homólogo. O número de "shoppers" por cadeia é estável, com o Pingo Doce a registar um aumento de lealdade entre os seus clientes.
Num contexto em que "shoppers" reduzem visitas às lojas, mas comprando mais por cada visita, e com estabilização do recrutamento, torna-se crítico cada contacto com a loja. Actualmente, cada lar fez, em média, compras em três insígnias e apenas 29% das ocasiões de compra ocorrem na mesma insígnia que a ocasião anterior.
Com a cortesia da Grande Consumo.