Se há uns anos, quando surgiu o café em cápsulas, alguém dissesse que em poucos anos haveria quase metade dos lares portugueses a comprar café em cápsulas, seria possivelmente considerado louco, afirma a Kantar Worldpanel. O argumento do preço foi visto na altura como um obstáculo intransponível para a massificação deste produto que já atinge quase metade dos lares.
Em 2010 apenas 14% dos lares compravam cápsulas de café mas esse valor subiu para 26%, em 2011, e para 38% em 2012, duplicando a penetração em dois anos. Em 2013, atingiu 49,5% dos lares, possibilitado pelo aparecimento de máquinas com valores mais acessíveis, a que se juntou a tendência de maior consumo dentro de casa dos últimos anos. Criando valor e fazendo crescer uma categoria que parecia estar num ciclo de vida de “maturidade”.
O café em cápsulas não tem um preço barato, em termos de preço por quilograma, mas a sua conveniência, qualidade, o consumo dentro do lar, bem como a redução dos custos de acesso e também a redução do preço por embalagem foram mais do que suficientes para seduzir metade dos lares portugueses.
No entanto, o café moído de 250 gramas continua a ser o maior segmento em volume, pesando 41% do volume total consumido pelos lares, e tem ainda um maior volume por acto do que o segmento de cápsulas de cafés. Mas cada vez mais próximo estão as cápsulas, que pesaram 33,9% do volume em 2013.