A Coca-Cola poderá passar a vir em cápsulas, como as que se usam nas máquinas de café. O negócio, anunciado pela Green Mountain Coffee Roasters na apresentação dos seus resultados de 2013, leva a Coca-Cola a investir 1,25 mil milhões de dólares numa participação de 10% naquela empresa. Numa parceria estratégica a 10 anos, as duas companhias irão produzir “soft drinks” em cápsulas para o sistema Keurig Cold, com lançamento previsto para 2015.

O potencial para as bebidas em cápsulas é significativo, de acordo com o gestor da Green Mountain Coffee Roasters. Só no mercado norte-americano, 18 milhões de lares têm uma máquina de bebidas Keurig. A plataforma de bebidas frias irá permitir aos consumidores fabricar “soft drinks”, desde bebidas com gás, a “iced teas” e sumos de frutas, no conforto do lar.

A Green Mountain Coffee Roasters irá ter acesso às marcas de bebidas da Coca-Cola em mais de 200 países em todo o mundo. De acordo com o seu CEO, Brian Kelley, trata-se de uma oportunidade fundamental para acelerar o crescimento das bebidas frias e elevar o seu posicionamento. Uma nota importante é que a Coca-Cola não requereu exclusividade em termos das marcas que podem ser incluídas no sistema Keurig Cold. Por sua vez, a Coca-Cola entra num terreno até aqui dominado pela Sodastream.

Os analistas aplaudiram esta parceria, que consideram de arrojada. Bonnie Herzog, da Wells Fargo Security, acredita que será positiva para revitalizar os volumes das “soft drinks”, assim como das receitas e lucros da Coca-Cola, baseando-se na análise de uma outra parceria estabelecida entre a Green Moutain Coffee Roasters e a Starbucks e no modo como se reflectiu no crescimento da categoria de café. Além disso, tendo em conta a estratégia que tem vindo a ser implementada pela Coca-Cola quanto às suas engarrafadoras, Bonnie Herzog defende que este negócio é consistente já que cada sistema Keurig funcionará como uma engarrafadora.

Com a cortesia da Grande Consumo.