O sector da distribuição moderna criou, nos últimos cinco anos, quase 11 mil postos de trabalho, apesar da crise de consumo sentida desde 2010, investiu mais em formação profissional, 27,8 milhões de euros, e quase 80% dos seus trabalhadores têm um vínculo laboral efectivo, de acordo com um estudo apresentado pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
“Este estudo, apresentado pela primeira vez, revela que o sector da distribuição moderna é um empregador dinâmico, com uma população jovem e grande investidor no seu capital humano, oferecendo estabilidade no emprego e procurando trabalhadores cada vez mais qualificados”, sustenta Ana Isabel Trigo Morais, directora geral da APED.
Em 2012, o número de colaboradores da APED era 86.674. A associação avança que, em 2011 e em 2012, houve um aumento da percentagem dos trabalhadores com contrato de efectivo, que se situou nos 78,2% em 2012. Os colaboradores das empresas associadas da APED trabalham maioritariamente no formato alimentar (69%), são do sexo feminino (69%) e têm o ensino secundário (42%). Mais de 70% têm menos de 40 anos.
Segundo dados do Eurostat para o ano de 2012, Portugal é dos países da Europa onde a percentagem de trabalhadores em part time é mais baixa. Tal se verifica no total da actividade económica bem como no sector do comércio.
No que concerne o investimento em formação, a APED confirma que tem vindo a aumentar desde 2009. Em 2012, as empresas associadas investiram 27,8 milhões de euros em formação.
Outro aspecto revelado por este estudo é a existência, por parte dos associados APED, de uma integração voluntária de preocupações sociais na prossecução da sua actividade. “Temos exemplos de creches que funcionam em horário alargado para os filhos dos colaboradores, descontos relevantes na aquisição de produtos, programas especiais dedicados aos pais e mães que permitem o prolongamento da licença de parentalidade por mais dois meses e a existência de fundos sociais que apoiam colaboradores em situação de carência, ao nível da alimentação, saúde, apoio financeiro, apoio jurídico e educação”, enumera Ana Isabel Trigo Morais.