Um inquérito da Sage apurou que, embora alguns países estejam prontos para a implementação do SEPA (Área Única de Pagamentos em Euros), em Fevereiro, outros parecem estar muito atrasados. As empresas portuguesas parecem estar mal preparadas para a nova legislação, com mais da metade dos entrevistados a admitir que o seu software não está em conformidade com o SEPA. Apenas 53% das empresas portuguesas revela conhecimento sobre o SEPA e só cerca de 49% admitiram estar a par da aproximação do prazo limite estipulado para o efeito.

Espanha é o país europeu melhor preparado para o SEPA, com quase 90% das empresas conscientes do que esta iniciativa representa e também dos “timings” de implementação.

A partir de 1 de Fevereiro, os códigos de conta e de classificação de operações serão substituídos por códigos BIC e IBAN, o que vai permitir que exista apenas uma conta bancária para fazer e receber pagamentos em toda a zona SEPA. “O SEPA promete ser um ponto de viragem na vida das empresas europeias, criando uma oportunidade ímpar para uniformizarem, racionalizarem e alterarem os seus fluxos financeiros”, reconhece Rui Nogueira, BU Manager Mid-Market na Sage Portugal. De acordo com este responsável, há que compreender que estes benefícios só podem ser obtidos pelas empresas que cumprirem o prazo para a migração. “As empresas que não conseguirem migrar os seus sistemas para o SEPA poderão arriscar impactos negativos no seu “cash flow” e incorrerem em custos adicionais e problemas de segurança”.

O SEPA pretende superar os obstáculos técnicos, legais e de mercado que existem entre os vários países, criando um mercado único de pagamentos de retalho em euros. Os actuais sistemas nacionais de pagamentos que suportam as transferências a crédito e débitos directos irão acabar a 31 de Janeiro, sendo substituídos por dois sistemas pan-europeus, o sistema SEPA de transferências a crédito (SCT) e o sistema de débito directo SEPA (SDD).