Notícias
Destaques
Artigos
Banco de imagens
Parceiros
Guia de Marcas
Newsletter
Quem somos
Contactos

PUB

Luxo continua a liderar imobiliário de retalho em Paris
2014-01-06

Em contraciclo à economia global, os sectores de turismo global e de produtos de luxo estão a prosperar. No seu último relatório Pulse, a Jones Lang LaSalle destaca Paris como o epicentro do investimento em retalho de luxo na Europa.

“No relatório Destination Europe 2013, a Jones Lang LaSalle revelou que Paris apresenta as rendas mais elevadas para retalhistas internacionais, seguida de Zurique e Londres. A capital francesa continua a atrair as maiores marcas nacionais e internacionais que inevitavelmente escolhem esta cidade para abrir “flagship stores”, em particular para as insígnias “premium” e de luxo”, comenta James Dolphin, Head de Retalho na região EMEA.

Neste estudo, Lisboa surge posicionada como o 19.º destino europeu preferido pelos retalhistas internacionais para a abertura de lojas, numa lista que contabiliza 56 cidades. No que concerne especificamente as escolhas dos retalhistas de luxo, a capital portuguesa assume a 22,ª posição entre 57 cidades na Europa. “Lisboa está a assistir a um interesse crescente por parte das marcas de luxo para abertura das suas lojas, que vêem na Avenida da Liberdade a sua localização de eleição. O número de turistas provenientes de países emergentes como a China, Angola, Brasil ou Rússia, e que circulam nesta artéria, veio despertar este interesse, uma vez que são potenciais clientes e que procuram este tipo de marcas. As recentes aberturas da Cartier, Max Mara, Michael Kors e Torres Joalheiros vêm comprovar este interesse”, salienta Patrícia Araújo, Head of Retail da Jones Lang LaSalle.

A procura de espaços no triângulo dourado parisiense (que integra as avenidas dos Campos Elísios, George V e Montaigne) mantém-se elevada, enfrentando, contudo, uma oferta quase inexistente. Em 18 meses, as rendas tradicionalmente pagas pelo sector de luxo quase duplicaram na avenida dos Campos Elísios, alcançando os 18 mil euros o metro quadrado por ano (€/m²/ano) (zona A), revela a Jones Lang LaSalle. Os valores “prime” estão também num percurso crescente para cerca de 9.000 €/m²/ano na Avenida Montaigne e para 7.500 €/m²/ano na Rua Saint-Honoré, com a Armani, a Fendi e a Qela a juntarem-se a marcas como a Dior ou a Chanel, que inauguraram já este ano.

O sector de luxo está a desenvolver-se a bom ritmo, sustentado em particular pela emergência dos países BRIC – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, contribuindo para o crescimento desta indústria. O interesse nos bairros mais exclusivos continua inalterado, especialmente por parte de investidores estrangeiros. “Nunca se registaram tantas aquisições nos Campos Elísios como nos dois últimos anos. Os números 52 (Virgin) e 116 bis (Lido) foram comprados em 2012 pelo Qatar Investment Authority (QIA). Em 2013, o número 118 (Mercedes-Benz) foi comprado pela Pramerica e o número 76-78 (Levi´s) pela AG Real Estate. Estes investimentos totalizaram mais de um bilião de euros entre 2012 e meados de 2013”, explica Sophie Benaïnous, Research Manager na Jones Lang LaSalle.

Com o “Triângulo Dourado” na sua plena capacidade, as oportunidades para capitalizar a procura de luxo começam a emergir em novos bairros e em áreas que estão a expandir-se ou a reforçar o seu posicionamento no segmento alto. Na margem direita do Sena, o bairro de Haussmann/Opéra está a ser alvo de importantes alterações no sentido de elevar a sua oferta de retalho, estando prevista a abertura de lojas da Cartier, Tag Heuer e Omega em 2013/14. A Printemps está a reposicionar-se de forma decidida no sector de luxo e o anúncio da sua aquisição pela Qataris irá certamente contribuir para fortalecer esta sua posição. As rendas tradicionalmente praticadas nesta área alcançam 7.500 €/m²/ano.

Na margem esquerda, o bairro de Saint-Germain-des-Prés está igualmente a reforçar a sua oferta de comércio de luxo nos últimos dois a três anos, com a vinda da “flagship store” da Ralph Lauren e da Hermès. Ao contrário do bairro da Haussmann/Opéra, este é um destino mais impulsionado por consumidores locais com poder de compra e por turistas que conhecem a zona. Ainda assim, as rendas cresceram e os melhores espaços estão agora a ser transaccionados em torno dos 5.500 €/m²/ano. “O sector de luxo adapta-se bem e irá gerar negócio onde quer que esteja. As marcas de luxo estão agora a ir mais longe, procurando “deixar” as ruas de Paris para investir também em centros comerciais nos próximos anos. Esta diversificação é directamente inspirada pelos centros comerciais dos países emergentes, cujo “feedback” de sucesso tem encorajado as marcas de luxo a investir neste novo ambiente de centro comercial”, conclui Sophie Benaïnous.

Banco de imagens

Mercado

L.Branca/PAE

Multimédia

Exclusivos