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Mercado português de produtos tecnológicos em quebra
2013-12-04

De acordo com o índice GfK TEMAX, o mercado português de produtos tecnológicos regista uma queda de 5% no terceiro trimestre, quando comparado com o período homólogo, apresentando uma facturação de 544 milhões de euros. Telecom e Informática continuaram com resultados positivos, mas perderam a dinâmica de períodos anteriores. A área da imagem apresentou as quebras mais fortes e os electrodomésticos continuaram em terreno negativo.

As telecomunicações apresentam um ligeiro abrandamento. Apesar da tendência ainda positiva, o terceiro trimestre não registou um crescimento como os períodos anteriores (cerca de 2% em valor comparando com o terceiro trimestre de 2012). No entanto, à semelhança do primeiro e segundo trimestres, são os smartphones os principais responsáveis pelo comportamento positivo deste mercado (crescimento um pouco acima dos 17% em valor no YTD em comparação com o período homólogo). O peso que este produto tem vindo a assumir no mercado português é cada vez maior, sobretudo devido ao facto de encontrarmos equipamentos disponíveis num vasto leque de preços. Isto permite aos consumidores adquirirem um equipamento de acordo com o seu poder de compra.

A electrónica de consumo está melhor, mas continua ainda em terreno negativo. Comparando com o primeiro semestre, nota-se uma melhoria significativa da tendência de televisão. Ainda bem negativa, mas menos dramática do que nos períodos anteriores. Tudo aponta para uma continuidade com tendências cada vez menos negativas, não porque a situação económica esteja melhor, mas porque o último trimestre de 2012 foi já muito negativo. Nas outras áreas de produto verifica-se que a maioria das categorias apresenta valores negativos e nos dois dígitos. Uma das poucas áreas a crescer são as colunas áudio e alguns produtos ligados à mobilidade e conectividade, desde sistemas com Bluetooth ou ligação wireless até aos auscultadores sem fios.

A fotografia, por sua vez, é um mercado que se mantém com alguma dificuldade. Enquanto as molduras vão saindo sem grande furor do mercado e são um nicho em queda, as máquinas fotográficas digitais vão-se aguentando, sendo certo que, com as constantes melhorias tecnológicas, se torna cada vez mais difícil convencer o consumidor que precisa de algo mais além do seu smartphone para tirar fotos de qualidade. Ainda assim, o mercado conta com algumas novidades interessantes que tentam casar os dois mundos, com a entrada de lentes acessórias que podem ser acopladas aos telemóveis para melhorar o seu desempenho. Mas a conclusão é um mercado em queda acumulada de 14%, sendo que no trimestre esta queda se agravou.

Os pequenos eletrodomésticos ostentam de novo dúvidas. Após um início de ano positivo, o segundo trimestre desiludiu. E o terceiro trimestre confirma que o mercado está estagnado. Apesar disso, alguns produtos dão indicações positivas, como as máquinas de café e a preparação de alimentos, mas com tendências negativas por parte de ferros e aspiradores a deixar o mercado total de pequenos domésticos estagnado.

Os grandes electrodomésticos, por sua vez, é o mercado mais penalizado. Quase todos os grandes electrodomésticos registaram quebras neste terceiro trimestre de 2013. Mas, à imagem de períodos anteriores, o encastre continua a ser o segmento mais penalizado. Apenas o frio, que tem nesta altura do ano o seu trimestre mais forte, é que conseguiu ficar em terreno positivo com os frigoríficos a subirem 4%.

A informática continua com tendência ainda positiva, mas a perder fulgor. Nos portáteis, os segmentos “low end”, como os netbooks, praticamente desapareceram, surgindo o segmento “ultra thin”. Este segmento já representa mais de um quinto do mercado e com um preço médio acima dos 700 euros. Também os equipamentos “touch screen” estão a ganhar importância no mercado chegando neste trimestre aos 6%. Estes novos segmentos afectam directamente os preços médios que estão a subir, mas as tendências em termos de unidades e valor são negativas, mas menos que a maioria dos produtos. Os tablets continuam a ganhar importância no mercado, se bem que em termos de valor os segmentos abaixo dos 200 euros já representam 45% do mercado, quando no ano passado não chegavam aos 20%. Com estas tendências no trimestre, o sector da informática, apesar de positivo, nem chegou a 1%, alcançando um dos piores trimestres do ano.

O equipamento de escritório e consumíveis apenas “sobrevivem” em alguns nichos. As tendências continuam bastante negativas, sendo uma das áreas que mais perde quer no trimestre quer no ano. Dos produtos considerados para o sector, apenas as impressoras “single function” apresentam tendências positivas mas falamos de um nicho que representa apenas 10% deste mercado. Os tinteiros, o produto com maior importância neste segmento, caem aproximadamente 15%, enquanto no total de impressoras a queda é de 6%. Para fechar o leque de produtos, os vídeoprojectores continuam em declínio com uma quebra na ordem dos 15%.


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L.Branca/PAE

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