O consumidor europeu do futuro gosta de “tocar e sentir” os produtos antes de os comprar, é um utilizador de tecnologia mais avançada e procura uma experiência de entretenimento nos centros comerciais.
Segundo o novo inquérito da consultora imobiliária global CBRE, contrariamente à percepção comum, a visita a uma loja para “tocar e sentir” os produtos é considerada mais importante para as gerações mais jovens, com 86% dos jovens adultos (16-24 anos) a crer que a loja física é importante para o processo de compra online.
O inquérito, que sondou as opiniões de mais de 10 mil pessoas em 10 países europeus, revela que os jovens adultos são os consumidores mais assíduos em todas as localizações e métodos, incluindo online, centros comerciais e comércio local. O consumo local está a tornar-se cada vez mais importante, em particular para os jovens adultos que visitam lojas locais para compras de moda, em média 19 vezes por ano. Os jovens adultos também compram com muita frequência nos centros comerciais urbanos ou nas lojas de rua em zonas “prime” devido à facilidade de acesso e à reduzida percentagem da população com automóvel. Os consumidores de todas as idades com rendimentos mais baixos planeiam usar o automóvel menos vezes para fazer compras no futuro, o que irá aumentar ainda mais a frequência geral das compras feitas localmente.
Simultaneamente, esta faixa etária está muito mais familiarizada com a tecnologia digital do que as faixas etárias mais avançadas e a probabilidade de usar blogs ou redes sociais para avaliação de produtos ou comparação de preços é maior. “Os consumidores podem agora usar dispositivos móveis para aceder a códigos de descontos, usar os sites de redes sociais para partilhar opiniões, fazer comparações de preços e até fazer encomendas online em centros comerciais. Estas ferramentas só estão sedimentadas entre os consumidores jovens que começam a usar a tecnologia para pesquisar potenciais compras ou encontrar o melhor preço. Estes consumidores conhecem e esperam qualidade, mas não estão dispostos a pagar preços demasiado altos”, comenta Peter Gold, director do departamento de Cross-Border Retail da região EMEA da CBRE. “Os jovens consumidores ainda gostam da confiança de poderem “tocar e sentir” um produto e é evidente que a loja física complementa o mundo online, atuando frequentemente como sala de exposição. Uma forte combinação de ocupantes que ofereçam qualidade e valor mantém-se essencial, mas os gestores devem também investir nas estratégias das lojas e em tecnologia digital. Características como cinemas, paredes digitais e utilização de tablets na loja irão contribuir cada vez mais para a experiência de um dia inteiro fora”.