Mantendo a curva de crescimento dos anos anteriores, a Miele fechou o seu exercício de 2012/2013 com uma facturação de 3.150 milhões de euros, mais 115 milhões que no exercício transacto, ou seja, um crescimento de 3,8 por cento.
No seu mercado doméstico, o alemão, a Miele facturou 955 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 4,8 por cento. A Alemanha representa 30,5 por cento de todo o seu volume de negócios.
Nos restantes mercados, a facturação da Miele somou mais 3,1 por cento, tendo como protagonistas as principais geografias internacionais, como os Estados Unidos da América, a Austrália e a Rússia. Para além destes mercados estratégicos, a Miele também conseguiu resultados positivos na Grã-Bretanha, Hong Kong e Singapura.
Em Portugal, a Miele tem também conseguido bons resultados, graças ao seu novo modelo de negócio, que representa uma evolução da marca de fornecedor a retalhista. “Em 2012, a Miele vendeu mais electrodomésticos do que nos três anos anteriores. E tudo leva a crer que em 2013 vá continuar nesse crescimento. Pelo menos, nos primeiros quatro meses deste ano isso aconteceu e a quota de mercado continua a subir”, confirma Hans Egenter, director geral da Miele, num balanço a quatro anos de implementação do sistema Agente Certificado Miele. “Desde o primeiro ano que a Miele cresce no retalho com o sistema ACM na ordem dos dois dígitos, em quantidades e em valor, o que ajudou a compensar a queda dramática na construção”.
Passaram já quatro anos que o retalho deixou de comprar produtos da Miele. Os electrodomésticos estão nas suas lojas, são propostos aos clientes, mas os retalhistas não os compram à marca. Corria o ano de 2009 quando a empresa alemã veio propor ao mercado uma forma completamente disruptiva de encarar o negócio e o triângulo da relação entre a marca, a loja e o consumidor. Uma nova proposta de valor em que os clientes da Miele são, única e exclusivamente, os consumidores finais, cabendo aos retalhistas o papel de parceiros, num sistema em que a marca assume todos os riscos e custos de comercialização dos seus produtos. Hans Egenter não tem dúvidas de que esta inovação comercial e toda a mudança de mentalidades associada compensaram. Com benefícios claros para os consumidores, para o retalho e também para a própria marca. “Pessoalmente, sempre estive convencido que esta relação mais directa entre o consumidor, o retalho e a marca traz vantagens para todos os envolvidos. Antes de iniciarmos a sua implementação, falámos com todos os “stakeholders” e o retalho viu possibilidades de ter maior liberdade financeira”.
Conheça mais sobre esta nova forma de estar nos negócios no artigo publicado na última edição impressa da Revismarket e que agora disponibilizamos na íntegra online.