Apenas 28 por cento dos consumidores em Portugal não manifesta intenções de abordar directamente os produtores, para adquirir determinados produtos, sem passar pela distribuição. Esta conclusão faz parte de um estudo do Observador Cetelem sobre o futuro do consumo na Europa.
Segundo este mesmo estudo, apesar da maioria dos consumidores portugueses estarem interessados no contacto directo com o produtor, pouco mais de metade (58%) pensa privilegiar os comércios independentes, as pequenas lojas de bairro, os artesãos ou os feirantes. Uma intenção que acompanha a tendência europeia: 60 por cento dos europeus afirma estar pronto para privilegiar o comércio de proximidade, ainda que esta apareça mais vincada nos países da Europa de Leste (Hungria: 72%, Roménia: 68% e Eslovénia: 66%).
O estudo do Observador Cetelem alerta ainda para o facto de que estes números não significam o fim das grandes superfícies, mas assiste-se a uma clara tomada de consciência dos consumidores sobre o seu papel a desempenhar na distribuição. Actualmente, 55 por cento dos europeus já comprou uma vez a um produtor e estima-se que serão perto de oito consumidores em cada dez a fazê-lo nos próximos anos.