A Hipotenusa SGPS, empresa accionista maioritária da Radio Popular, recorreu ao processo especial de revitalização (PER), tendo como objectivo a sua reestruturação financeira.
Esta decisão surge, segundo a empresa, na sequência do prolongado clima de retracção económica, que tem afectado o rendimento das famílias e muito especialmente o retalho dos electrodomésticos e da electrónica de consumo, sector onde actua, há mais de 35 anos, a Radio Popular.
A Hipotenusa encara este processo como “um instrumento natural de gestão que visa a reestruturação financeira e o reforço da sua continuidade” e garante que “não afectará o bom desempenho que a Radio Popular vem demonstrando ao longo dos últimos meses", em que tem inclusive, de acordo com a empresa, aumentado ligeiramente a sua quota de mercado. "Este processo é similar a outros 200 que já existem em Portugal e não vamos encerrar lojas, nem despedir pessoal", assegura Ilídio Silva, presidente da Radio Popular, em declarações à Rm.
Com 38 lojas no continente, Madeira e Açores, a Radio Popular é a segunda maior marca de retalho de electrodomésticos e electrónica de consumo a nível nacional, com um volume de negócios anual superior a 150 milhões de euros. Tem actualmente cerca de 720 colaboradores, postos de trabalho que, de acordo com a Hipotenusa, não serão ameaçados. “Pelo contrário, esta medida visa a sua manutenção”, avança a accionista da Radio Popular.
Apesar da actual conjuntura, a administração da Hipotenusa confia na total recuperação económica da empresa. “A força da marca Radio Popular, a qualidade demonstrada pela equipa que todos os dias a gere e um plano de reestruturação sustentado e ao mesmo tempo realista serão determinantes”.