“Ranking” das 250 maiores empresas de bens de consumo liderado pela electrónica de consumo
De acordo com a sexta edição do estudo “2013 Global Powers of Consumer Products” da consultora Deloitte Touche Tohmatsu, as 250 maiores empresas de bens de consumo cresceram sete por cento no ano fiscal de 2011, período concluído em Junho de 2012. Pela primeira vez, as três empresas com vendas mais robustas são do sector da electrónica de consumo.
O “ranking” é liderado, pelo quinto ano consecutivo, pela Samsung, seguindo-se a Apple, que subiu 21 posições em cinco anos, e a Panasonic. O sector dos produtos de moda registou o maior crescimento face aos restantes, cerca de 14 por cento, e revelou-se também como o mais rentável, com uma margem líquida operacional de oito por cento. Por outro lado, o sector da alimentação, bebidas e tabaco viu a sua participação na lista das 250 maiores empresas reduzir-se, apesar de ter reportado um substancial aumento de nove por cento nas vendas.
Não obstante a incerteza económica, as vendas totais das 250 maiores empresas de bens de consumo excederam os três biliões de dólares. O relatório apurou que no conjunto das dez maiores empresas as vendas totalizaram 864 mil milhões de dólares. “A economia global tem passado por vários desafios, incluindo a inflação, a crise do euro e desastres naturais. A saúde das vendas de produtos de consumo é um indicador que a economia mundial pode estar, de forma cautelosa, a retomar”, assinala Ira Kalish, responsável pela área de Global Economics na Deloitte Services LP nos Estados Unidos da América. “Para os próximos anos, isto significa que a indústria pode registar um crescimento sólido, mas gerado, de forma desproporcionada, pelos mercados emergentes”.
As 50 empresas com o crescimento mais rápido evoluíram três vezes mais que o “ranking” das 250. 60 por cento destas empresas vem dos mercados emergentes, destacando-se a China e o Brasil.
De acordo com o estudo, os maiores ganhos face ao exercício fiscal anterior foram reportados pelas empresas da região de África e Médio Oriente (24%), seguindo-se as da América Latina (16%), América do Norte (14%), Europa (4%) e Ásia-Pacífico (2%). Entre as empresas europeias, as francesas cresceram 15 por cento, ultrapassando as suas congéneres alemãs (6%) e britânicas (6%). Na região da Ásia-Pacífico, as vendas das empresas japonesas caíram quatro por cento, sobretudo devido aos efeitos do terramoto e tsunami. Excluindo o Japão, a região cresceu 10 por cento, com as empresas da China/Hong Kong a aumentarem 24 por cento.
O relatório também apurou algumas tendências de consumo, destacando o aumento da adopção do “smartphone” e dos “tablets” como influentes no percurso de compra dos clientes. 58 por cento dos consumidores que possuem um “smartphone” utilizaram-no para questões relacionadas com compras. “O impacto do crescimento das tecnologias digitais não pode ser sobrestimado. Estas afectam a forma como os consumidores interagem com as marcas, como procuram os produtos, compram via múltiplos canais, tomam partido das promoções e usufruem do serviço pós-venda”, nota Jack Ringquist, responsável pela área de Global Consumer Products da Deloitte. “Os fabricantes têm de continuar a repensar os seus modelos operacionais e a recorrer às ferramentas de análise para melhor identificar, compreender e, em última instância, satisfazer as necessidades destes consumidores”.
As 10 maiores empresas de bens de consumo (vendas em milhões de dólares no ano fiscal de 2011):
1. Samsung Electronics Co., Ltd. (Coreia do Sul): 150.152 milhões de dólares (+6,7%)
2. Apple Inc. (EUA): 108.249 milhões de dólares (+66%)
3. Panasonic Corporation (Japão): 99.412 milhões de dólares (-9,7%)
4. Nestlé S.A. (Suíça): 94.704 milhões de dólares (-10,1%)
5. The Procter & Gamble Company (EUA): 83.680 milhões de dólares (+1,4%)
6. Sony Corporation (Japão): 70.022 milhões de dólares (-12,3%)
7. PepsiCo, Inc. (EUA): 66.504 milhões de dólares (+15%)
8. Unilever Group (Holanda e Reino Unido): 64.721 milhões de dólares (+5%)
9. Mondelēz International, Inc. (EUA): 54.365 milhões de dólares (+10,5%)
10. Nokia Corporation (Finlândia): 53.846 milhões de dólares (-8,9%)