O ano de 2006 foi marcado por uma aceleração da actividade económica nacional, impulsionada, em boa parte, pelo sector exportador e por uma redução do desequilíbrio das contas públicas.
Segundo o Gabinete de Estudos da AEP, nos primeiros três trimestres, as exportações cresceram, em termos homólogos reais, 7,5 por cento na componente de mercadorias (80 por cento do total) e 11,9 por cento nos serviços (20 por cento do total). Em termos nominais, as variações foram de, respectivamente, 12,2 por cento e 17,8 por cento.
A AEP verificou também uma maior diversificação dos mercados de destino das exportações (EUA, Angola, México, Brasil e China) e o maior peso dos produtos de tecnologia intermédia, tanto ao nível de bens de equipamento como de bens intermédios, em detrimento das produções tradicionais, de baixo valor acrescentado.
Em 2006 assistiu-se, também, à interrupção da trajectória ascendente quer da taxa de desemprego, com o crescimento do emprego a contrabalançar o aumento do desemprego de longa duração, quer do défice das contas externas.
A taxa de crescimento real do PIB português deverá ter passado de 0,4 por cento em 2005 para cerca de 1,2 por cento em 2006. À semelhança de 2005, o andamento da actividade económica nacional foi irregular, observando-se uma evolução positiva na primeira metade do ano e descendente na segunda.