A eliminação de fronteiras nas empresas e a solidificação de relações de confiança são os principais requisitos para o sucesso das organizações. Esta é uma das conclusões do “Ascent Journey 2016 – Enterprise without Boundaries” da Atos, que apresenta as previsões e visão para a tecnologia que vão moldar o mundo dos negócios até 2016.
No seguimento do relatório original “Journey 2014”, publicado em 2010, o “Ascent Journey 2016” apresenta um novo conjunto das principais tendências, incluindo o nascimento da economia de dados e uma sociedade sem dinheiro vivo, onde a inovação social e partilhada irá redefinir o negócio e as relações sociais até 2016. Além disso, demonstra como a inovação das tecnologias da informação (TI) pode proporcionar novas competências, relações e métodos de fazer negócio, imprescindíveis para revitalizar a economia.
Tendo como base a investigação e redacção por parte da comunidade científica da Atos, uma rede global com cerca de 90 dos melhores tecnólogos empresariais, o “Ascent Journey 2016” revela que as relações economicamente sustentáveis assentes na confiança serão um factor determinante para tirar a economia da recessão. As alterações demográficas e as gerações virtuais desafiam as práticas estabelecidas. A globalização e a desactualização dos avanços tecnológicos, em constante mudança, irão originar novos métodos de trabalho em que deixam de existir as tradicionais fronteiras entre empresas ou entre empresas e clientes.
De acordo com a Atos, tendo em conta que mais de 1,5 mil milhões de pessoas têm acesso a “smartphones” ou “tablets”, mais de mil milhões partilham informações através de redes sociais e cada vez mais empresas procuram estar presentes nestas como suporte para a colaboração, está-se a caminhar rapidamente em direcção a um mundo mais aberto, ligado e transparente. Através da viabilização de novos tipos de serviço e modelos empresariais, estes avanços representarão um factor determinante para estimular o crescimento e revitalizar a economia. “A inovação com base nas TI está a ter um enorme impacto nas empresas e na sociedade. Atravessamos uma era de mudanças profundas e é fundamental aproveitar as oportunidades emergentes. Tal só será possível com o estabelecimento de um novo contrato com os consumidores, baseado na confiança e em práticas comerciais abertas e honestas”, comenta Thierry Breton, presidente do Conselho de Administração e director executivo da Atos.
O crescimento da confiança entre organizações conduzirá a um conceito de inovação associado à abertura, que sobrepor-se-á às guerras de patentes de 2012 e permitirá às empresas aprender a partilhar competências para fazer face aos crescentes custos na área da investigação e à redução do ciclo de vida dos produtos. A expansão da Geração Y entre a população activa irá acelerar a adopção deste conceito, uma vez que o seu desenvolvimento decorreu num contexto de partilha nas redes sociais.
Por outro lado, a confiança entre consumidores e empresas na partilha de informações, tendo em vista a melhoria dos serviços, irá proporcionar o surgimento de uma economia das aplicações de Internet, baseada na disponibilização dos produtos sem que se verifique o pagamento em numerário. O aumento da confiança dos consumidores no pagamento de livros, jogos e revistas utilizando dispositivos móveis e “tablets” está a evoluir para uma aceitação total dos pagamentos sem numerário nas lojas tradicionais e estabelecimentos de venda a retalho e aproxima-nos cada vez mais de uma sociedade sem dinheiro vivo.
