“Tudo é consumo e o consumo é tudo”! É com esta génese que o Fórum do Consumo orientou a primeiras conferência sobre o tema "Engage To Win". “Esta crise obriga-nos a voltar a ser humildes e tomar consciência da nossa pequenez enquanto indivíduos e do nosso grande colectivo, solidário e único”, avalia José António Rousseau, presidente do Fórum do Consumo.
Esta primeira conferência defendeu a partilha de informação e a integração de todos os agentes económicos num debate de troca de ideias e de conhecimento. Por outro lado, procurou soluções para resolver os problemas de relacionamento entre a indústria e a distribuição. Neste sentido, José António Rousseau reforça a vontade do Fórum do Consumo “ser o maior repositório nacional de estudos sobre o consumo onde qualquer interessado possa encontrar a informação que careça para os fins que pretender.”
Uma das apresentações desta conferência debruçou-se sobre a emergência do consumidor “Novo Normal”. A crise económica mundial tem afectado as formas e estilos dos consumidores em geral, conduzindo ao surgimento de um novo tipo de consumidor. De acordo com o Pedro Dionísio e Hélia Pereira, do Future Cast Lab do ISCTE, o novo consumidor está mais informado, móvel, altamente tecnológico, imprevisível e é mais exigente com as marcas, ao ponto de estar disposto a renegar as “marcas Photoshop”. Uma nova tendência que leva a novos comportamentos para os quais as marcas têm que estar mais atentas de forma a responder às novas expectativas e, por outro lado, estarem aptas a reagir à impulsividade dos novos consumidores.
De acordo com estudos apresentados pelo painel da Nielsen, o conceito de “proximidade” sai reforçado nesta conjuntura. A proximidade é o factor mais importante na escolha de uma loja, o que ajuda a compreender a transformação progressiva que se tem vindo a verificar no comércio de proximidade em Portugal. As lojas de proximidade são agora mais modernas, têm um sortido adaptado às necessidades do "shopper" e uma boa relação qualidade preço. Mas a conveniência vai para além da distância e o online assume-se como “a” ferramenta ao serviço de todos. Apesar de em Portugal as compras online ainda estarem um pouco abaixo das médias internacionais, esta alternativa atrai "shoppers" com um nível de gasto médio elevado. Assim, e como reforça Ana Barbosa, o seu crescimento deverá passar por um alargamento do conceito a outros "players" e por modalidades com preços mais acessíveis.
Esta primeira conferência promovida pelo Fórum do Consumo contou também com a participação da Fundação Francisco Manuel dos Santos, IPSOS /APEME/ Return on Ideas /A. Mateus & Associados, LERNE (Universidade Católica) e o Laboratório do Consumo do IPAM. A iniciativa teve ainda com o patrocínio do ISCTE_IUL|INDEG Business School e o Instituto de Negociação e Vendas, tendo como parceiros de media as revistas especializadas Hipersuper, Distribuição Hoje, Revismarket e Marcas & Produtos.
Ao longo do ano de 2013 o Fórum do Consumo irá promover novos workshops sempre com a máxima "Engage to Win".
