A maioria dos portugueses (80%) considera importante poupar para a reforma, mas 36 por cento confessa não ter orçamento familiar que lhe permita efectivamente fazê-lo. Esta é a conclusão do estudo ”Como estamos a lidar com a crise económica?”, promovido pela Zurich em sete países com o objectivo de obter informação sobre como a população dos países inquiridos está a lidar com a crise económica e quais são os bens que consideram supérfluos.
O estudo conclui que os seguros estão no top 4 dos aspectos que os portugueses consideram mais importantes e que não estão preparados para reduzir. Os seguros surgem paralelamente às despesas com educação, renda da casa e alimentação e bebidas para consumo em casa. Face à actual conjuntura económica, 21 por cento dos portugueses confessa que aumentou a sua necessidade de ter boas coberturas nos seguros, mas admite não ter disponibilidade financeira para o concretizar. Esta conclusão é válida para os sete países consultados, com percentagens entre os seis e os 13 por cento.“Este estudo confirma que os portugueses estão preocupados com o futuro e que estão mais despertos para a necessidade de poupar. Por outro lado, é preocupante verificar que um terço dos portugueses não tem condições de poupar. No entanto, e tendo em conta a situação do Estado Social, os portugueses devem tomar essa opção como prioritária e, na medida das suas possibilidades, poupar mensalmente a quantia que lhes é possível”, sublinha Artur Lucas, director de Desenvolvimento de Soluções da Zurich em Portugal.
Por outro lado, os portugueses confessam estar dispostos a reduzir os gastos com férias, viagens e lazer, roupa e restaurantes. Apesar da crise, mantém-se uma minoria imune (15%), que confessa não pretender reduzir as suas despesas em 2013. Este valor só é mais elevado em Itália, onde sobe para 17 por cento.
Estes resultados acentuam a tendência do recente inquérito também promovido pela Zurich, “O que o mantém acordado durante a noite”, que concluía que metade dos portugueses dormia mal a pensar na crise financeira. Através deste novo estudo, conclui-se que esta tendência aumentou, no período de um mês, de 50 para 70 por cento.