A Rádio Popular tem em curso um processo de despedimento colectivo de várias dezenas de trabalhadores, segundo o Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal (CESP).
De acordo com Jorge Pinto, da direcção do CESP, o despedimento abrange entre 70 a 80 trabalhadores de várias lojas. Contudo, o sindicato ainda está a recollher dados nos pontos de venda da Rádio Popular.
Em declarações à Lusa, o sindicalista avançou que os trabalhadores começaram a receber a carta de despedimento na terça-feira, alegando a Rádio Popular a crise e a baixa das vendas em 2012 para justificar o encerramento, na passada sexta-feira, da loja do Estádio do Dragão, no Porto, e a transferência dos trabalhadores afectados para outros pontos de venda.
Para o CESP, a situação vivida na Rádio Popular "é preocupante, dado que obedece a uma clara orientação neoliberal das empresas de só resolverem as suas dificuldades através do despedimento dos trabalhadores, em vez de procurarem medidas de gestão que salvaguardem os postos de trabalho. A Rádio Popular, ao longo dos últimos anos, praticou sempre uma política de incumprimento dos mínimos contratuais com os trabalhadores, facto que obrigou o sindicato a ter de recorrer várias vezes à Autoridade para as Condições de Trabalho e que levou ao levantamento de várias contraordenações", sustenta Jorge Pinto.
A Revismarket procurou apurar junto da Rádio Popular mais informações sobre este processo mas, até à data, não obteve resposta por parte dos seus responsáveis.