Os empresários portugueses acreditam que a crise que se vive actualmente na Europa arrastar-se-á por mais uma geração, elegem Moçambique como o mercado com mais potencial e os sectores do turismo e tecnológico como os mais interessantes para 2013, segundo o barómetro MARKETmeter da agência de comunicação pressmedia, no seguimento de um inquérito realizado a 200 empresas em Portugal Continental, entre 15 de Novembro e 15 de Dezembro.
Consolidar, intensificar e diversificar serão os factores críticos de sucesso necessários para suportar a sustentabilidade e o crescimento das PME portuguesas em 2013, face à mais que provável quebra de consumo a nível interno, resultante, principalmente, do aumento da carga fiscal e da redução dos salários. Para cerca de 80 por cento dos inquiridos, o sucesso para 2013 assentará em trêsfactores: consolidar a quota de mercado a nível interno, intensificar a presença em mercados extra-comunitários e diversificar as áreas de actuação.
De acordo com os empresários inquiridos, quando confrontados com a escolha de três mercados internacionais mais favoráveis para as empresas portuguesas, Moçambique lidera o ranking, com 160 referências, seguindo-se o Brasil (136), Angola (115), Colômbia (81) e o Peru (43). A grande maioria dos empresários salienta que a exportação para mercados extra-comunitários será uma das mais importantes apostas para as PME nacionais para conseguirem sobreviver e prosperar num ano que se adivinha particularmente complicado.
No inquérito solicitou-se também aos empresários que elegessem os três sectores com mais potencial de crescimento em 2013 e concluiu-se que o turismo e as tecnologias (170 e 165 das referências, respectivamente) são os preferidos, seguidos ambiente (118), a agricultura (80) e a indústria (40).
O que fica de 2012?
Para os empresários contactados pela pressmedia, 2012 foi um ano de muitos desafios, principalmente devido à quebra de consumo, ao aumento da carga fiscal e ao clima generalizado de pessimismo. A maioria dos inquiridos para o barómetro salienta que foi necessário estar bem atento às mudanças dos cenários económicos em Portugal e na Europa e, acima de tudo, conseguir, em tempo -recorde, adaptar-se a esta nova realidade.