A Sonae foi a empresa de distribuição que liderou, em 2011, em volume de negócios, segundo o ranking da APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição. A Sonae registou 5.019 milhões de euros, valores que englobam quer o negócio de base alimentar quer o de base não alimentar e que traduzem uma perda de dois por cento face a 2010.
O segundo lugar deste ranking de 2011 é ocupado pelo Pingo Doce, com 3.677 milhões de euros, que cresceu sete por cento, e o terceiro pela Auchan, cujo volume de negócios expandiu quatro por cento para 1.669 milhões de euros.
No que toca ao ranking de base alimentar, a liderança é do Continente, que cresceu um por cento face a 2010 para os 3.779 milhões de euros. A primeira insígnia de discount é o Lidl, quarto do ranking, que a APED estima ter facturado menos dois por cento, com os valores a caírem para 1.175 milhões de euros.
O ranking não alimentar é novamente encabeçado pela Worten, apesar das vendas terem contraído nove por cento, para os 697 milhões de euros. No segundo lugar está o El Corte Inglés, cujo volume de negócios totalizou 461 milhões de euros, menos quatro por cento que em 2010, e no terceiro a Fnac, que caiu sete por cento, para os 336 milhões de euros. São ainda de assinalar as quedas da Sportzone (-7%), da Staples (-6%) e da Media Markt (-5%). De resto, entre as dez primeiras insígnias de base não alimentar, apenas a Leroy Merlin (+5%) e a Decatlhon (+6%) conseguiram crescer face a 2010, crescimento este que se ficou a dever em muito à abertura de novas lojas.
Não alimentar penaliza vendas da distribuição
No terceiro trimestre, as vendas da distribuição moderna caíram 1,5 por cento, segundo o barómetro da APED, o equivalente a quase 100 milhões de euros. A associação estima que a tendência se mantenha no quarto trimestre, com uma queda na ordem dos dois por cento.
Uma queda motivada, sobretudo, pelo segmento não alimentar que no terceiro trimestre recuou 5,8 por cento, para os 2,3 mil milhões de euros. Os portugueses estão claramente a cortar em tudo aquilo que não é essencial, destacando-se as quebras de 39,3 por cento nas vendas de máquinas de café e de 33,9 por cento nas de consolas de jogos. Máquinas de lavar a loiça (-17%) e a roupa (-12%) também apresentam quebras de dois dígitos e os frigoríficos perderam 9,7 por cento.