De acordo com uma pesquisa da Euromonitor, a Seven & I, empresa que detém a cadeia 7-Eleven, vai tornar-se, no final deste ano, no segundo maior retalhista mundial, considerando as vendas, atrás da Walmart.
O grupo prepara-se, assim, para ultrapassar o Carrefour e alargar a distância para o quarto maior retalhista, a Tesco, após os fracos resultados de ambos nos seus mercados domésticos, França e Reino Unido, respectivamente. A Seven & I continua a ter fortes vendas no Japão e a expandir a sua insígnia de conveniência na Ásia e nos Estados Unidos.
Já em 2011 a Seven & I tinha beneficiado da forte expansão no continente asiático e de taxas de câmbio favoráveis, entre 2009 e 2011, para ameaçar as posições do Carrefour e da Tesco. A valorização do yen, em 2012, aumentou ainda mais esta tendência e precipitou a mudança no topo do "ranking" dos maiores retalhistas do mundo.
Na apresentação dos seus resultados para o ano fiscal terminado em Fevereiro passado, a Seven & I reportou a previsão de um aumento de seis por cento nas vendas, para os 108 mil milhões de dólare sno ano fiscal a encerrar em Fevereiro próximo, valores que incluem as vendas de combustíveis na América do Norte mas não contemplam algumas lojas "franchisadas" maioritariamente localizadas na Ásia. Os dados da Euromonitor, que excluem o negócio dos combustíveis mas acrescentam as vendas de todas as lojas, estimam que as vendas da Seven & I possam aumentar quatro por cento em 2012 e ultrapassar os 109 mil milhões de dólares, enquanto as do Carrefour continuam a cair a valores contantes.
Em 2013, as vendas do Carrefour vão ressentir-se ainda mais com o desinvestimento na Colômbia, Indonésia e Malásia e poderão ser negativamente influenciadas pela saída de outros mercados, possivelmente da Polónia ou Turquia. A Tesco poderá ultrapassar o Carrefour como o terceiro maior retalhista dentro de dois ou três anos se o retalhista francês optar por vender outras grandes operações. Outros concorrentes, como a Auchan e o Casino, poderão também ter um desempenho superior ao do Carrefour graças à sua estratégia consistente de expansão em grandes mercados emergentes, como a China, Rússia e Brasil.