O Governo quer regulamentar as promoções que as cadeias de distribuição fazem, nomeadamente nas implicações que têm com os fornecedores. Segundo o Negócios, já foi aprovado, em Conselho de Ministros, o diploma que estabelece prazos de pagamento de 30 dias e que também avança com outro tipo de imposições na relação entre produtores e distribuição, que podem afectar as promoções.
O objectivo é que o custo das promoções não seja repercutido nos fornecedores, excepto quando façam parte de uma estratégia comum.
Instada a comentar, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) manifestou estar preocupada pois "os comerciantes poderão deixar de fazer promoções". Um quarto do valor facturado pelo retalho alimentar e especializado em Portugal é feito através de práticas promocionais que vão ser “fortemente limitadas” com a proposta do Governo. São, de acordo com os dados da consultora Nielsen citados pela APED, 3,8 milhões de euros que são vendidos anualmente em "ambiente promocional".
A associação vê nesta iniciativa "mais uma intrusão, que é marca deste Governo" de carácter legislativo no relacionamento dos agentes económicos em contexto de mercado aberto e "liberalizado".