Menor recurso ao crédito (seja disponibilizado por retalhistas, empresas especializadas ou por familiares) e, até, ao pagamento com dinheiro/cartão de débito e maior utilização de pontos de fidelização e cartões de oferta são as tendências de pagamento das compras nesta quadra natalícia, de acordo com o Xmas Survey 2012 da Deloitte.

Com um orçamento, menor que no ano passado, a rondar agora os 464 euros por lar, os portugueses têm vindo a alterar as suas formas de pagamento. Com 66, 65 e 63 por cento a afirmar, respectivamente, que utilizarão menos o crédito disponibilizado por empresas especializadas, cedido por familiares ou por retalhistas, os portugueses estão a adoptar comportamentos de compra mais ponderados, à semelhança do que acontece em todos os países inquiridos.

De acordo com o Xmas Survey da Deloitte, 68 por cento dos portugueses afirma preparar os gastos de Natal de acordo com um plano previamente estabelecido, sendo que este ano tendem a recorrer também menos ao pagamento de compras com dinheiro ou através de cartões de débito (52%).

A utilização de pontos de fidelização bem como a de cartões de oferta destacam-se este ano, com 60 e 61 por cento dos inquiridos portugueses, respectivamente, a afirmar utilizar mais ou o mesmo estas formas de pagamento nesta quadra natalícia.

No que diz respeito aos pontos/programas de fidelização, em Portugal os descontos imediatos são os preferidos (31%), seguidos dos pontos acumulados com direito a oferta de brindes (22%) e dos pontos acumulados com oferta de "vouchers" para gastar nas lojas (21%).

Nos países inquiridos, os comportamentos de compra são também mais disciplinados este ano, com 77 por cento a admitir fazer um orçamento específico para os gastos de Natal. Em todos os países contemplados no Xmas Survey 2012, os consumidores planeiam fazer ainda menos compras utilizando crédito, com médias a rondar os 45 por cento. Contudo, ao contrário dos portugueses, utilizar dinheiro ou pagamento com cartão de débito será a principal forma de pagamento (74%). Em tendência contrária está também a utilização de pontos de fidelização e de cartões de oferta, com os europeus a planear fazer menos uso destes dois métodos, uma opinião particularmente marcada entre os consumidores do Luxemburgo, Eslováquia, Ucrânia, Finlândia e Dinamarca.