As grandes superfícies comerciais já terão dispensado "milhares de trabalhadores" desde o início do ano, noticia o Público. A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) admite mesmo que não há memória de uma diminuição tão grande de postos de trabalho.

Ana Isabel Trigo de Morais, directora geral da APED, diz que a crise "tem um enorme efeito sobre o sector do comércio, seja ele de pequena, média ou grande dimensão". Os dados do ano passado relativos às grandes superfícies são "muito preocupantes" e "não há memória de um registo de diminuição dos postos de trabalho desta dimensão”.

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal (CESP) avança ao jornal que a "situação é grave" e está a acontecer de forma transversal em todos as áreas. "São muitos milhares de pessoas. O número de trabalhadores por loja desceu muito significativamente, na ordem dos 15 a 30 por cento", avança Manuel Guerreiro, presidente do CESP. O Público avança que a saída de trabalhadores tem sido feita quer pela não renovação de contratos de trabalho, quer por rescisões amigáveis.