Segundo noticia o Económico, todos os colaboradores efectivos da Makro, cerca de 1.500, receberam esta segunda-feira, dia 5 de Março, uma proposta de rescisão amigável.
A informação foi confirmada àquela publicação pelo director de comunicação da empresa, António Pinheiro. "Enviámos para todos os trabalhadores uma proposta para quem quiser rescindir voluntariamente e por mútuo acordo o contrato laboral com a Makro, ou reduzi-los parcialmente para part-time", disse.
De acordo com o jornal, embora o plano de rescisões englobe todos os colaboradores efectivos das 11 lojas em Portugal, a Makro não pretende sair de país. "Foi dada a oportunidade a todas as pessoas, mas depois reservamo-nos o direito de não aceitar a rescisão de algumas pessoas", acrescentou a mesma fonte.
Este plano deverá estar encerrado dentro de um mês. A Makro não adianta qual o valor oferecido aos trabalhadores para negociar a rescisão, alegando que se tratam de processos individuais. O Económico apurou, no entanto, que em alguns casos a empresa está a propor 1,5 salários por cada ano de trabalho.
O director de comunicação da empresa recusa-se também a falar no encerramento de lojas ou em despedimento colectivo. "Neste momento não há passo seguinte. Neste momento o plano é este e dentro de um mês logo se verá".
A Makro justifica esta decisão dizendo que se trata de um "processo de optimização de recursos" com o objectivo de "manter a empresa competitiva". A intenção é também "elevar os níveis de produtividade", nomeadamente para os padrões internacionais da empresa, explicou António Pinheiro. "A Makro Portugal necessita racionalizar e reduzir o número de efectivos da sua força laboral. Custos mais baixos e maior eficiência operacional são essências para garantir a competitividade necessária no mercado actual”.
Recorde-se que já em 2009 a Makro Portugal avançou com um processo de reestruturação que culminou com o despedimento colectivo de quase 100 pessoas.