O balanço da época de saldos de Inverno não é positivo. Segundo a União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), em Lisboa, as vendas caíram entre 35 e 40 por cento, quedas que deverão manter-se até Dezembro. No Porto, a situação é semelhante, segundo Nuno Camilo, presidente da Associação dos Comerciantes do Porto (ACP), com a quebra a rondar os 30 por cento.
Em declarações à Lusa, Carla Salsinha, presidente da UACS, avançou que este panorama é transversal, realçando que o consumo por impulso está a desaparecer. Na moda, as quebras ascendem aos 40 por cento, mas também se fazem sentir nos electrodomésticos e afins. A única excepção, segundo a UACS, é o ramo da informática.
Carla Salsinha salientou ainda que, mesmo nas classes que têm um poder de compra que não está a ser muito afectado, se nota uma quebra do consumo, pela expectativa negativa relativamente ao ano de 2012. “O que aconteceu este ano é que, independentemente das elevadas percentagens que os saldos atingiram, houve a continuidade de uma retracção e, se calhar, um acréscimo porque as pessoas estão com muito receio do ano que aí vem”. A presidente da UACS destacou também a exaustão de promoções causada pela sequência de campanhas promocionais, que “esgota a capacidade ou de interesse das pessoas pelos saldos ou pelas próprias campanhas”.