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Grande distribuição recupera nas vendas
2012-01-20

As 250 maiores empresas de distribuição tiveram um crescimento nas vendas superior a cinco por cento durante o ano fiscal de 2010, que terminou em Junho de 2011, segundo o relatório anual 2012 Global Powers of Retailing, elaborado pela Deloitte Touche Tohmatsu Limited (DTTL) em colaboração com a STORES MEDIA.

Portugal está representado por duas empresas, a Jerónimo Martins, que ficou em 81.º lugar, tendo subido quatro posições face ao ranking do ano passado, e a Sonae, em 145.º lugar, que desceu dez posições.

Os resultados globais acentuam uma melhoria substancial face ao ano fiscal de 2009, onde o mesmo número de empresas teve um crescimento de apenas 1,2 por cento. Esta performance de crescimento é um facto importante, porque 2010 foi um ano marcado pelo do fim dos estímulos fiscais nos EUA, pela crise na zona euro e pela implementação de políticas monetárias mais exigentes nos principais mercados emergentes.

No relatório é possível constatar que a rentabilidade das 250 maiores empresas de distribuição também melhorou. Em 2010, o lucro líquido do grupo aumentou para os 3,8 por cento, um valor acima dos 3,1 registados em 2009. A grande maioria das empresas que apresentaram resultados globais (183 empresas de um universo de 195) verificou lucro em 2010 e mais de dois terços viram as suas margens de lucro líquido aumentar.

No entanto, os retalhistas estão preocupados com a deterioração da economia global na segunda metade do ano. “A economia global está a desacelerar. O crescimento em 2012 nos principais mercados do mundo será, provavelmente, mais lento do que em 2011. A crise na zona euro continua a sorver a confiança dos investidores e consumidores, ao mesmo tempo que nos EUA é expectável a manutenção de uma taxa de desemprego elevada. Por outro lado, a China e as economias dos BRIC estão a desacelerar como resultado de uma política fiscal mais apertada e do fraco crescimento global. Ainda que o Japão venha a registar um forte crescimento no próximo ano, este será efeito da recuperação do terrível terramoto e tsunami que sofreu em 2011”, destaca Ira Kalish, director da área Consumer Business para a Deloitte Research, parte da Deloitte Services LP nos EUA.

“Contudo, alguns retalhistas podem vir a encontrar alguns raios de sol neste ambiente nublado. Um dos efeitos positivos de um crescimento global mais lento será o contínuo amortecimento dos preços das ‘commodities’. Este cenário pode significar alguns benefícios de contabilidade para os retalhistas com a redução ao nível de custos e a inflação em algumas economias pode vir a ter um impacto positivo nas margens de lucro, mesmo que o contexto de crescimento ao nível superior se mantenha lento”, acrescenta Ira Kalish.

Porém, a verdadeira melhoria só se irá verificar a longo prazo. “Mesmo que o ambiente económico em 2012 seja difícil, as perspectivas de longo prazo para a economia global mantêm-se boas. A China continuará a crescer, independentemente dos ventos contrários associados à demografia e aos aspectos estruturais, ao mesmo tempo que outros mercados emergentes, como a Índia, o Brasil, a Turquia, a Indonésia, zonas da América do Sul e da África subsariana, oferecem a possibilidade de um forte desenvolvimento e de novas oportunidades para os principais retalhistas do mundo”. Algumas destas oportunidades são já evidentes. As grandes empresas da América Latina, África e do Médio Oriente tiveram um forte crescimento no ano fiscal de 2010. Sete dos dez maiores retalhistas da América Latina alcançaram um crescimento de dois dígitos ao nível de vendas, o que resultou teve impacto positivo na performance da região com uma taxa média de crescimento de 18 por cento. Por outro lado, os retalhistas da região de África e Médio Oriente tiveram a maior taxa de crescimento anual desde 2005.


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L.Branca/PAE

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