O retalho de luxo tem evoluído em contraciclo com a restante indústria de retalho que, desde 2008, sofre dos efeitos da crise económica, favoreceu o crescimento deste nicho de mercado no nosso país.
Segundo a Cushman & Wakefield, nos últimos anos inauguraram em Lisboa e Porto importantes insígnias de luxo reconhecidas internacionalmente, como a Prada, Hermés, Marc Jacobs, Dolce & Gabbana, entre outras. Em breve irá inaugurar na Avenida da Liberdade em Lisboa a primeira loja da Gucci em Portugal.
As localizações por excelência das insígnias de luxo em Portugal são a Avenida da Liberdade, em Lisboa, e a zona de Avis, no Porto. No caso de Lisboa, o crescente fenómeno de revitalização do Chiado tem atraído para esta zona marcas de luxo, que beneficiam do importante fluxo de turistas de que esta zona é alvo ao longo de todo o ano.
Na última década, as cidades de Lisboa e Porto têm vindo a atrair uma cada vez maior atenção internacional, aumentando a procura do turismo cultural e de lazer em ambas as cidades. Este aspecto tem efeitos positivos na performance do comércio de rua, ao aumentar o leque de potenciais clientes para os operadores com unidades nos destinos culturais de ambas as cidades.
Segundo o “Globe Shopper City Index – Europe” do Economist Intelligence Unit, Lisboa obteve a sétima posição, num total de 33, entre as melhores cidades para compras em viagens internacionais. O guia de viagens britânico Lonely Planet colocou recentemente a capital portuguesa no top 10 em dois rankings, nomeadamente no segundo lugar como uma das cidades de visita obrigatória em 2012 e no sexto lugar entre os melhores destinos para férias com crianças. A mesma publicação considerou, em 2011, a cidade do Porto como o quarto melhor destino a nível mundial em termos de relação qualidade-preço. Ainda relativamente a Lisboa, esta foi recentemente distinguida pela Academia do Urbanismo Britânica, uma organização que junta analistas e decisores de vários quadrantes e cidades do Reino Unido e Irlanda, com o prémio Cidade Europeia 2012.