A televisão continua a ser o meio mais abrangente e o mais utilizado no panorama dos media. Por outro lado, o “mobile” é uma tendência em ascensão, especialmente nos mais jovens. Estas são algumas das principais conclusões do estudo “Que mudanças no consumo de media?”, encomendado pela Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN).
Segundo este estudo, desenvolvido em Outubro junto de uma amostra de 1.251 cidadãos representativos da população Portuguesa através de entrevista directa e pessoal, a televisão é utilizada por 99 por cento dos inquiridos, logo seguida pelo “mobile” com 90 por cento. Por sua vez, apesar de apenas 47 por cento utilizar a Internet, este é o meio cujo perfil de utilização é mais heterogéneo. No mesmo sentido, a televisão é também o meio ao qual os indivíduos estão mais tempo expostos, sendo que os jovens passam ainda mais tempo na Internet e a mandar SMS.
Confirma-se ainda que 64 por cento dos jovens usam mais o telemóvel e 63 por cento dos mesmos usam mais a Internet do que há dois anos atrás, valores que indiciam o facto de serem estes os meios mais difíceis de abdicar nesta faixa etária. Quanto à rádio e à imprensa, mantêm uma taxa de utilização de 72 e 70 por cento, respectivamente, e mais pronunciada no grupo etário dos 25 aos 44 anos.
O estudo revela ainda que apenas 51 por cento dos portugueses são “multitaskers”, isto é, consomem mais do que dois media em simultâneo. Nesta caracterização, os 49 por cento “não multitaskers” são maioritariamente indivíduos com mais de 65 anos e com um nível de acesso às tecnologias baixo. Em oposição, identificam-se quatro por cento de “heavy multitaskers”, que utilizam em simultâneo dois ou mais meios sempre ou com elevada frequência, e que se enquadram na faixa etária dos 25 aos 34 anos.