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Portugueses gastam apenas o necessário e adiam compras de maior valor
2011-10-24

Os consumidores portugueses são dos mais pessimistas na Europa e compram apenas os artigos necessários para o dia-a-dia, adiando, sempre que possível, aquisições de maior monta, conclui uma sondagem da Consumer Climate Europe da GfK, que inquiriu cidadãos de 12 países.

O estudo visa estabelecer uma panorâmica do comportamento dos consumidores em plena crise económica na Europa, sendo que os 12 países incluídos na sondagem (Alemanha, Áustria, Bulgária, Espanha, França, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia e Reino Unido) representam cerca de 80 por cento da população total dos 27 membros da união europeia.

Na globalidade, os europeus estão hoje menos confiantes e mais preocupados, os rendimentos caíram e a disposição para comprar baixou. Segundo os dados obtidos, desde Junho que as expectativas económicas caíram praticamente em quase todos os países europeus incluídos na sondagem. As quedas mais acentuadas verificam-se na Alemanha (de 50,3 para 4,8 pontos), na Áustria (de 19,6 para -26,2 pontos) e em França (de -15,3 para -42,2 pontos). Os países com quedas menos acentuadas deste indicador foram a Polónia (de -13.9 para -10,2 pontos), a Bulgária (de -10,8 para -15,3 pontos) e a Roménia (de -26,2 para -32,8 pontos).

Quanto às expectativas de rendimentos, estas também desceram por toda a Europa. Os países mais pessimistas são a Grécia (-59,3 pontos) e Portugal (-58,5 pontos) e é também esperada uma redução significativa nos rendimentos em França (-51,9 pontos).

Em Portugal, a disposição para comprar flutuou apenas ligeiramente nos últimos meses e encontra-se actualmente nos 49,6 pontos negativos.

Os espanhóis não estão optimistas e não pensam fazer aquisições de grande monta num futuro próximo. Na globalidade, o indicador de disposição para comprar tem-se mantido relativamente estável nos últimos três meses e situa-se actualmente nos 15,9 pontos negativos.

No que toca à recuperação económica, o Reino Unido tem reagido mais lentamente do que em crises anteriores. A evolução das expectativas económicas dos consumidores britânicos seguiu esta tendência. Após uma recuperação do ponto mais baixo atingido em Abril para 17,4 pontos negativos em Junho, o indicador desceu uma vez mais nos últimos meses e encontra-se agora em 29,7 pontos negativos.

Os gregos perderam toda a confiança na recuperação económica num futuro próximo: as expectativas económicas atingiram um novo recorde de baixa, situando-se em 58,7 pontos negativos.

As expectativas de rendimentos por parte dos italianos são das mais baixas de todos os países da sondagem, situando-se nos 43 pontos negativos, tendo baixado 15 pontos.

Surge também um quadro diversificado na evolução das expectativas de rendimentos na Polónia. À data da sondagem, as eleições gerais iminentes para o governo nacional constituíam ainda um outro factor de incerteza adicional. Os cidadãos na Polónia estavam muito sensíveis a comunicações antes da eleição e a apreensão relativamente a acontecimentos políticos gera sempre um certo grau de inquietação entre os consumidores. O nível do indicador voltou a subir um pouco e situa-se actualmente em -19,9 pontos.

Os valores mais altos do indicador continuam a registar-se na Alemanha (29,7 pontos) e na Áustria (26,0 pontos), seguidas a uma distância significativa pela Bulgária, nos -2,2 pontos. A hesitação relativamente a fazer aquisições de grande monta agora ou decidir se será melhor adiar tais despesas é mais acentuada em Portugal (-49,6 pontos), no Reino Unido (-49,1 pontos) e na Roménia (-37,6 pontos).

Os franceses estão a gastar apenas nos artigos indispensáveis para o dia-a-dia. Situado nos -32 pontos, o indicador de disposição de comprar reflecte claramente esta atitude.

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L.Branca/PAE

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