Apesar de um contexto económico desfavorável, em Portugal, o mercado da bricolage registou uma resistência sólida em 2010 e não está prevista a redução das intenções de compra para 2011. De acordo com o Caderno de Mercados do Observador Cetelem, as intenções de compra mantêm-se nos 16 por cento.

Portugal encontra-se no terceiro lugar do pódio dos gastos médios por família no mercado da bricolage (509 euros), em primeiro a Alemanha (1.077 euros) e em segundo a França (685 euros). No entanto, se tivermos em conta as despesas em rendimentos equivalentes (riqueza em paridade com o poder de compra), Portugal é o segundo país (entre os países europeus analisados) com mais gastos no sector da bricolage (588 euros), só ultrapassado pela Alemanha (803 euros).Segundo Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal, ”o mercado da bricolage tem vindo a crescer nos últimos anos. Ao contrário de outros mercados, este tem evoluído gradualmente e não tem registado quebras. O bom desempenho pode ser explicado pelo comportamento já bem conhecido e analisado variadíssimas vezes pelo Observador Cetelem: em tempos de crise, há sempre um recolhimento do consumidor sobre si próprio, em que a habitação se torna prioritária. O mercado da bricolage acaba por beneficiar desta tendência”.