O “reino” dos hipermercados está a sob pressão e os seus operadores necessitam urgentemente de adaptar-se e inovar de forma a proteger as suas margens, conclui um estudo da Datamonitor Retail.
O estudo revela que, apesar do formato hipermercado ter crescido rapidamente e assumido o domínio do retalho alimentar, as novas tendências no consumo, aliadas a uma legislação mais restritiva para a sua expansão, aguçaram o ambiente concorrencial e estão a levar os retalhistas a repensarem as suas operações.
As novas estratégias passam por oferecer cada vez mais serviços inovadores das lojas, pelo desenvolvimento de serviços online complementares, pelo redimensionamento dos pontos de venda, resultando num conceito de loja de grande formato completamente novo. “Uma das razões para a grande popularidade dos hipermercados no passado era a sua capacidade para oferecer tudo no mesmo local a preços competitivos. Mas, a procura por valor, por parte dos consumidores, durante a recessão resultou no aumento da fidelização aos discounters, particularmente nos mercados mais afectados pela crise. Por exemplo, nos Estados Unidos, o Sam’s Club da Walmart teve um melhor desempenho que a própria Walmart em vendas comparáveis. Contudo, os retalhistas onlie são uma ameaça ainda maior a longo prazo”, detalha Natalia Grabov, analista da Datamonitor Retail.
Os hipermercados estão a ser pressionados pelo canal online em todas as linhas de produto, mas muito especialmente no não alimentar.