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Facturas dadas como incobráveis ascendem aos cinco mil milhões de euros em Portugal
2011-05-25

A percentagem de incobráveis continua a aumentar em Portugal, tendo atingido os 3,2 por cento, bem acima da média europeia, segundo o último relatório do Índice de Pagamentos Europeus (EPI) efectuado pela Intrum Justitia. Portugal tem agora mais de cinco mil milhões de euros em incobráveis.

A nível europeu, esta percentagem tem vindo a aumentar nos últimos anos. Em 2007, estava situada nos 1,9 por cento, mas em 2011 saltou para os 2,7 por cento. A Europa tem mais de 312 mil milhões de euros de dívidas incobráveis, valor superior aos pacotes de ajuda externa feitos a Portugal, Grécia e Irlanda.

O último relatório revela que as empresas e os consumidores agravaram o atraso nos seus pagamentos nos primeiros meses deste ano. Portugal, que neste estudo tradicionalmente aparece na cauda da Europa no que respeita ao índice de risco de pagamentos, ocupa agora a penúltima posição, imediatamente antes da Grécia. No caso das empresas portuguesas, o atraso nos pagamentos é de 41 dias e no caso dos particulares é de 34.

No que respeita aos pagamentos em atraso, o estudo indica que a percentagem de pagamentos recebidos a mais de 90 dias foi de 31 por cento, o que comparativamente a 2010 significa um agravamento de 48 por cento. Um factor preocupante, dado que se identificou a tendência de que quanto mais tempo as facturas ficam por pagar, maior será a dificuldade em cobrar a totalidade da dívida.

A nível nacional, 64 por cento dos inquiridos acredita mesmo que os riscos de pagamento vão aumentar nos próximos 12 meses e apenas nove por cento confiam que vão diminuir. 67 por cento das empresas prevêem perdas de rendimentos devido a atrasos de pagamentos ou incobráveis e 78 por cento receiam pela sua liquidez. Destas, 63 por cento afirmam que os pagamentos em atraso estão a impedir o crescimento da sua estrutura.

Este ano, foi também colocada aos directores uma questão sobre o que acreditavam ser as principais causas para os seus clientes pagarem com atraso e 95 por cento argumentaram que se devia a dificuldades financeiras. Em muitos países isto transformou-se num ciclo vicioso, pelo que se recebe com atraso, logo paga-se com atraso.

O estudo revelou ainda que 57 por cento dos inquiridos sentiram que a recessão global afectou negativamente as suas vendas e que 47 por cento estão com liquidez negativa.

Leia o desenvolvimento na próxima edição da Rm-Revismarket.

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L.Branca/PAE

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