Embora mais cautelosos e com maior desejo de poupança, os portugueses não renunciaram à sua vontade de fazer compras, tendo o mercado da electrónica um crescimento de 1,7% e o dos electrodomésticos 9,7% face ao ano anterior. Aliás, neste último, Portugal foi o país da Europa que registou um maior crescimento.Portugal encontra-se no pódio dos gastos médios com electrodomésticos e electrónica de consumo.
O Observador Cetelem mostra que a crise financeira teve um impacto negativo no consumo das famílias, mas não de uma forma acentuada. Se tivermos em conta as despesas em rendimentos equivalentes (riqueza em paridade com o poder de compra), Portugal é dos países da Europa que apresenta mais gastos no mercado dos electrodomésticos e da electrónica de consumo (TV, Hi-fi e Vídeo), com investimentos de 236 euros e 327 euros por ano, respectivamente.
Embora mais cautelosos e com maior desejo de poupança, os portugueses não renunciaram à sua vontade de fazer compras, tendo o mercado da electrónica um crescimento de 1,7 por cento e o dos electrodomésticos de 9,7 por cento face ao ano anterior. Aliás, neste último, Portugal foi o país da Europa que registou um maior crescimento.
No entanto, as medidas de austeridade que têm vindo a ser impostas pelo Governo parecem começar a ter efeitos no comportamento dos consumidores portugueses, que, este ano, são menos numerosos a declarar tencionar aumentar as suas despesas (-8 p.p.), em ambos os mercados.
O crédito ao consumo parece ser a fonte à qual as famílias portuguesas recorrem para aquisição de novos bens ou produtos, numa altura em que o poder de compra diminuiu significativamente. Portugal é, há três anos consecutivos, o terceiro país da Europa com maior carteira de créditos por família. No entanto, o crédito ao consumo diminuiu cerca de 1,5 por cento no ano passado, quando a média europeia subiu cerca de 2,9 por cento. Verifica-seuma maior maturidade nas opções de consumo dos consumidores, que ponderam as suas escolhas durante mais tempo.
Em 2010, a carteira de crédito foi de 5.194 euros. À frente de Portugal mantêm-se a Alemanha, com 5.830 euros (posição que ocupa também há três anos) e a França, com 5.517 euros.