Mercado português de produtos tecnológicos em queda de 2,1% no 4.º trimestre de 2010
O mercado português de produtos tecnológicos registou uma tendência negativa no quarto trimestre de 2010, segundo dados do índice GfK TEMAX, composto por electrónica de consumo, fotografia, pequenos e grandes electrodomésticos, telecomunicações, tecnologias de informação e equipamento de escritório.
O mercado português apresentou uma tendência negativa de 5,4 por cento, caindo para 760 milhões de euros, em relação ao mesmo período do ano passado. Analisando o acumulado do ano, verificou-se uma quebra de 2,1 por cento para 2.584 milhões de euros.
Apenas os sectores de grandes (+6,7%) e pequenos electrodomésticos (+3,6%). contrariaram a tendência. Os sectores de fotografia (-2,6%), tecnologias de informação (-4,9%), electrónica de consumo (-8,8%), telecomunicações (-13,7%) e equipamento de escritório (-25,3%) sofreram todos quebras na facturação.
No quarto trimestre, o sector dos grandes electrodomésticos obteve resultados positivos, crescendo para uma facturação de 176 milhões euros. Entre Janeiro e Dezembro, facturaram-se 639 milhões de euros, o que significa uma variação positiva de 9,1 por cento. Neste sector, todas as categorias analisadas pelo TEMAX registaram variações positivas ao nível de facturação.
Por sua vez, o sector dos pequenos electrodomésticos apresentou uma facturação de 75 milhões de euros no quarto trimestre deste ano. O volume de vendas acumulado foi de 223 milhões de euros, o que representa uma variação positiva de 4,3 por cento. As máquinas de café, os modeladores de cabelo e o cuidado dental registaram uma variação positiva de dois dígitos. As máquinas de barbear/depiladoras, as sanduicheiras, as fritadeiras, as chaleiras eléctricas, os aparadores de cabelo e os aspiradores também registaram uma tendência positiva. As categorias que apresentaram variações negativas foram os grelhadores, secadores de cabelo, os ferros de engomar, as torradeiras, os produtos para preparação de alimentos e os espremedores/liquidificadores.
No vermelho, o mercado de fotografia obteve resultados negativos no quarto trimestre de 2010, com uma facturação 31 milhões de euros, o que representa uma variação negativa de 2,6 por cento. As câmaras digitais continuaram a registar um forte crescimento, apresentando uma tendência positiva, mas molduras digitais sofreram uma quebra na facturação de dois dígitos. Analisando o acumulado do ano, este sector cresceu 6,4 por cento para 105 milhões de euros.
Também negativo, o mercado das TI registou no quarto trimestre uma quebra de 4,9 por cento para 140 milhões de euros. Desde o início do ano até ao passado mês de Dezembro, registou-se uma variação negativa de 4,4 por cento para 487 milhões de euros. Os PC’s portáteis, que representam mais de dois terços do sector, estão em queda. Os PC’s Desktop e os monitores continuam com variações negativas de dois dígitos.
Muito penalizado no último trimestre, o mercado de electrónica de consumo apresentou uma tendência negativa de 8,8 por cento face ao período homólogo, com um volume de vendas de 195 milhões de euros. Com a excepção dos LCD’s, os auscultadores e HD Recording Media, todas as categorias analisadas pelo TEMAX registaram quebras na facturação. Entre Janeiro e Dezembro facturaram-se 622 milhões de euros, o que representa uma variação negativa de 3,3 por cento.
O sector de telecomunicações também se ressentiu bastante no quarto trimestre e sofreu uma variação negativa de 13,7por cento, o que representa um volume de vendas de 103 milhões de euros. Os smartphones mantiveram a tendência positiva e têm ganho cada vez mais importância neste mercado. Os telemóveis e os telefones fixos continuaram em queda, com variações negativas, quando comparamos com o período homólogo. Analisando o a facturação acumulada, este sector registou uma quebra de 11 por cento para 344 milhões euros.
O sector mais penalizado de todos foi no entanto o do equipamento de escritório que, durante o período em análise, apresentou uma variação homóloga negativa de 25,3 por cento, caindo para 41 milhões de euros. No acumulado do ano, o volume de vendas foi de 165 milhões de euros, numa quebra de 18,5 por cento. De frisar que todas as categorias analisadas pelo TEMAX registaram variações negativas ao nível da facturação.