Sector dos electrodomésticos regista decréscimo significativo de processos de insolvência
Em 2010, registaram-se mais de 6.500 novos processos de insolvência, o que traduz um crescimento de 31 por cento em relação a 2009. No domínio empresarial, o crescimento das insolvências atingiu os 13 por cento, sendo mais moderado do que em 2009.
Esta é uma das conclusões do Departamento de Gestão de Risco da Crédito y Caución, que acompanha de perto os processos de insolvência publicados no Diário da República.
Três em cada cinco processos são relativos a empresas, o que totaliza cerca de 4.100 processos de insolvência. Os restantes cerca de 2.400 processos são relativos a pessoas físicas, que registam um crescimento de 79 por cento em relação a 2009.
No último trimestre de 2010, foram registados 1.775 novos processos de insolvência em Portugal, o que representa uma ligeira subida de três por cento face ao trimestre anterior. O aumento significativo dos níveis de insolvência teve início no primeiro trimestre de 2009, chegando a superar um milhar de processos trimestrais, e depois de terminar 2008 com um nível próximo dos 500 processos trimestrais. Após seis trimestres consecutivos de crescimento, o segundo semestre de 2010 revela uma estabilização dos níveis de insolvência em torno dos 1.700 processos trimestrais.
No sector empresarial, um em cada três processos é do sector dos Serviços. Este sector de actividade registou uma das maiores taxas de crescimento (25%), sendo acompanhado de perto pela Construção (24%), Madeiras e Móveis (23%) e Bens de Equipamento (23%). Ainda assim, o sector dos Brinquedos registou a maior taxa de crescimento de insolvências em 2010, com 70 por cento de variação.
No sentido oposto, o sector dos Electrodomésticos registou um decréscimo significativo (23%) de processos de insolvência em 2010. Idêntica tendência verificou-se nas Peles e Curtumes, Electricidade e Máquinas/Ferramentas, todos com um decréscimo de oito por cento em relação ao período homólogo.