Um estudo desenvolvido pela CIN, pela empresa de estudos de tendências APEME e pela empresa de comunicação b+ concluiu que os portugueses tomam as grandes decisões de compra em casa.

“A compra de um carro novo, tintas, telemóveis, computadores, artigos alimentares e outros é decidida em casa, normalmente numa conversa de família”, afirma Reinaldo Campos, director de Marketing, Estratégia & Business Development da CIN. “Território central para muitas marcas, a casa assume-se cada vez mais como um espaço de afirmação, convívio e de ligação ao exterior”, acrescenta o responsável.

Perceber como é que as pessoas usufruem dos diversos espaços da sua casa e explorar melhor a sua ligação às novas tecnologias (Internet, redes sociais, telemóveis, consolas) e à TV é um dos objectivos deste estudo. A compra de um carro novo é decidida, em 74 por cento das vezes, em casa; a de um novo telemóvel em 73 por cento; de tecnologia (computador, plasmas) em 77 por cento e as compras do super/hipermercado em 89 or cento das vezes. A sala tende a ser a divisão mais importante para a decisão de compra (70%), seguida do quarto de casal. Quando a decisão tem a ver com bens alimentares, a cozinha assume, naturalmente, o papel primordial.

Os inquiridos assumem que a sua ligação à casa tem aumentado (69%) enquanto 82 por cento afirmam aceder, várias vezes ao dia, à Internet. Quando estão em casa fazem-no, sobretudo, para ver e enviar e-mails para o exterior.

Este estudo tem revelado ainda que as decisões de consumo são polarizadas entre o hiper-racional (bom, barato, funcional) e a procura de pequenos prazeres, pequenos luxos e novas experiências.

O estudo, que decorre em quatro vagas anuais, tem como universo indivíduos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 26 e os 55 anos, residentes em zonas urbanas e semi-urbanas de Portugal, que habitam em casa própria, recebem visitas frequentemente e valorizam os momentos em casa.