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Crescimento do desemprego e legislação insuficiente são os principais responsáveis pelo aumento do cibercrime
2010-07-06

Ao longo dos primeiros três meses do ano, foram registadas 327.598.028 tentativas de infecção de computadores em diferentes países do mundo, mais 26,8 por cento que no trimestre anterior, segundo o relatório sobre a evolução do malware da Kaspersky.

O desenvolvimento do cibercrime está a ser estimulado por um acesso cada vez maior à Internet, aliado a uma legislação insuficiente e ao crescimento do desemprego.

O objectivo dos ciber-criminosos mudou, passando a dirigir os seus ataques preferencialmente a utilizadores de países com controlos menos rigorosos e sistemas de banca online mais desenvolvidos ou em processo de desenvolvimento, o que lhes proporciona mais oportunidades de negócio.

Durante o primeiro trimestre, as notícias que mais foram usadas para atrair os utilizadores para páginas maliciosas tinham a ver com o iPad, com o Avatar e com o sismo do Haiti. Os ciber-criminosos utilizaram maioritariamente famílias de programas que incluem código HTML ou script e inseriram links em redes sociais ou distribuíram-nos através de spam com o objectivo de redireccionar os internautas para sites infectados.

Ao longo deste primeiro trimestre de 2010, a Kaspersky Lab detectou ainda 12.111.862 vulnerabilidades nos computadores dos utilizadores, o que corresponde a mais 6,9 por cento que no trimestre anterior. Das vulnerabilidades mais difundidas, seis em cada dez foram detectadas em produtos Microsoft Office, três no software da Adobe e uma no da Sun.

O número de exploits também cresceu 21,3 por cento. Neste caso, no entanto, os programas da Adobe foram mais afectados que os da Microsoft e cerca de metade dos exploits, mais concretamente 47,5 por cento, aproveitaram vulnerabilidades da Adobe. O facto de os produtos da Adobe se terem tornado no principal alvo dos autores de vírus deve-se à sua popularidade e ao facto de poderem ser executados em várias plataformas.

Durante o primeiro trimestre, a lista dos países onde existem servidores com código malicioso registou alterações interessantes. O líder do último trimestre do ano passado, a China, baixou agora para o terceiro posto (12,84%). O motivo desta queda terá sido o "presente de ano novo” que o governo da China deu aos ciber-criminosos, ao endurecer a política de autorização de registo de domínios da zona “cn”. Isto motivou uma migração do código malicioso sobretudo para dois outros países, EUA (27,57%) e Rússia (22,59%).

A introdução de leis mais apertadas e uma maior atenção por parte das autoridades em relação ao cibercrime forçou os delinquentes a dissimular as suas actividades. O resultado é um aumento no número de Trojans, já que o malware deste tipo se confunde com uma aplicação genuína e pode continuar sem ser detectado apesar do uso de software legítimo. No final do trimestre, os Trojans já representavam 21,46 por cento de todas as ameaças detectadas nos computadores dos utilizadores. O adware é o segundo do ranking.

No terceiro lugar, estão os worms. Isto acontece, sobretudo, graças à epidemia de worms Autorun, que teima em não desaparecer. Agora, os worms Autorun podem usar praticamente qualquer dispositivo que se sincronize com o computador como transmissor de contágio. E o número destes dispositivos cresce a um ritmo diário, podendo funcionar com Android ou com Symbian e até se conhecem casos em que alguns dispositivos acabaram por ser infectados na etapa de produção.

Durante estes três meses, o dispositivo mais estranho a ser utilizado como portador de programas maliciosos foi um carregador USB para pilhas recarregáveis da Energizer. Este programa malicioso (Arucer.dll) funciona no sistema operativo Windows e chega ao computador juntamente com o software que mostra o nível de carga das pilhas.

Durante este período, a Kaspersky Lab também observou que o malware existente se actualiza e é agora muito mais complexo. Grupos de hackers estabelecidos trabalham constantemente para aperfeiçoar as suas criações e tentam torná-las mais universais e à medida de ataques quer dirigidos a utilizadores domésticos como empresariais.

Por último, continuam a desenvolver-se falsos antivírus. Os criadores deste tipo de malware utilizam uma grande variedade de técnicas para enganar os utilizadores, como replicar a interface de plataformas de segurança conhecidas, incluindo os produtos da Kaspersky Lab.

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L.Branca/PAE

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