Notícias
Destaques
Artigos
Banco de imagens
Parceiros
Guia de Marcas
Newsletter
Quem somos
Contactos

PUB
Empresas e consumidores aumentam prazos de pagamento
2010-05-11

O mais recente relatório do Índice de Pagamentos Europeus para Portugal (EPI), efectuado pela Intrum Justitia, que por tradição coloca o país na cauda da Europa no que respeita ao índice de risco de pagamentos, apresenta boas e más notícias. O sentimento das empresas relativamente aos riscos de pagamento é de que a situação dos atrasos de pagamentos tem vindo a estabilizar, em geral, desde 2009, embora a confiança das empresas permaneça extremamente débil.

Os países que mais sofreram com a crise que começou em 2008 mostram poucos indícios de melhoria relativamente aos recebimentos dentro dos prazos sobre serviços prestados e bens fornecidos. Tal situação conduz a que o pessimismo das empresas seja mais elevado nos países que enfrentam pior contracção económico-financeira.

Quanto aos dados positivos, o inquérito de 2010 revela que o atraso médio no recebimento de pagamentos para além do prazo acordado tem vindo a diminuir em toda a Europa (um dia), situando-se nos 18 dias comparado com os 19 dias em 2009. Esta boa notícia é contrariada pelo facto do inquérito de 2010 revelar que a percentagem média de incobráveis aumentou na Europa de 2,4 para 2,6 por cento.

Também preocupante, é o prazo demasiado longo que as empresas demoram a reagir ao não pagamento das suas facturas. Cerca de 65 por cento das mesmas ainda esperam em média cerca de 85 dias antes de enviarem os seus créditos para uma empresa de serviços de gestão de créditos, de acordo com o inquérito EPI. Em Portugal, esta situação assume proporções alarmantes. 30 por cento das empresas Portuguesas inquiridas esperam em média 159 dias antes de enviar os créditos para uma empresa de gestão e recuperação de crédito.

O inquérito EPI confirmou que muitas pequenas e médias empresas, que representam cerca de 65 por cento das 6.000 empresas inquiridas, estão a enfrentar sérias dificuldades apesar dos emergentes sinais de recuperação anunciados pelos governos. No que se refere à criação de empresas e emprego, cerca de 52 por cento (45 por cento na Noruega) das PME’s inquiridas dizem que uma das principais causas das dificuldades que enfrentam é uma maior dificuldade no acesso ao crédito, já que os bancos tornaram-se mais selectivos e rigorosos na concessão de empréstimos.

Portugal apresenta um quadro preocupante. Os atrasos nos pagamentos por parte de consumidores e empresas têm vindo a aumentar. O sector público, que tinha começado a pagar mais rapidamente, voltou a inverter drasticamente esta tendência. No total, as entidades públicas ´portuguesas demoram, em média, 141 dias (quase cinco meses) a liquidar uma factura.

A percentagem de incobráveis também aumentou, passando de 2,7, para 2,8 por cento. A distribuição da percentagem de pagamentos recebidos sofreu alterações, existindo mais facturas a serem pagas no prazo de 90 dias. Cerca de 55 por cento das empresas portuguesas inquiridas acreditam que os riscos de pagamentos com atraso irão aumentar ainda mais durante os próximos 12 meses. Dos inquiridos, 91 por cento confirmam que recebem os pagamentos mais tarde porque os devedores estão a enfrentar dificuldades financeiras devido à recessão, o que resulta numa redução de vendas, menor liquidez e pagamento de juros adicionais. Devido à recessão, 45 por cento das empresas inquiridas afirmam estar menos confiantes na obtenção do apoio financeiro necessário por parte dos bancos para o desenvolvimento dos seus negócios.


Mercado

L.Branca/PAE

Multimédia

Exclusivos