O Parlamento chumbou esta sexta-feira, dia 7 de Maio, a proposta do PCP sobre a regulação dos horários de funcionamento do comércio.

O projecto de Lei N.º192/XI-1º, que pedia o encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados, contou com a abstenção do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista Os Verdes e os votos contra dos socialistas, social-democratas e centristas.

Antes do debate na Assembleia da República, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) já tinha manifestado a sua “total e frontal oposição”. Em comunicado enviado ontem às redacções, a APED dava conta da sua estranheza que “um partido que se diz defensor dos trabalhadores apresente uma proposta tão irresponsável, encerrar obrigatoriamente todo o comércio ao Domingo, e cujo impacto em termos de aumento do desemprego seria verdadeiramente dramático caso viesse a ser lei”.

A associação avança que só no sector da distribuição moderna, se todas as lojas dos associados da APED tivessem de encerrar aos domingos, o impacto dessa medida sobre o emprego seria devastador, estimando-se em 8.500 o número de postos de trabalho que de imediato seriam eliminados. Estima-se ainda a perda de mais 2.200 empregos indirectos nas áreas da segurança, limpeza, logística, centros de fabrico, etc.