Notícias
Destaques
Artigos
Banco de imagens
Parceiros
Guia de Marcas
Newsletter
Quem somos
Contactos

PUB

Portugueses estão mais moderados e conscientes no consumo
2010-05-06

A crise económica está a alterar o perfil dos consumidores. Os portugueses estão menos consumistas e revelam ser hoje bem mais moderados e conscientes quando compram um LCD, um computador ou uma máquina de lavar roupa.

Um estudo da GfK, que analisou mais de mil resposta e teve como base os aspectos que os consumidores portugueses mais valorizam quando compram equipamentos electrónicos, como computadores ou plasmas, apetrechos de cuidado pessoal, como secadores de cabelo ou máquinas de barbear, ou ainda aparelhos para o lar, como máquinas de café ou aspiradores, concluiu que a inovação, a funcionalidade e a facilidade de utilização são aspectos que pesam muito na hora da compra, mas preço é o factor mais importante.

As grandes tendências indicam três dimensões de comportamento, por um lado, os consumidores que valorizam o preço mais reduzido, por outro, os que compram o melhor e mais avançado produto/equipamento, mesmo que o preço seja superior, e ainda os consumidores que dão mais importância à funcionalidade.

Com base nesta análise de comportamentos, foram identificados quatro grupos consumidores. Os Convergentes, que representam 42 por cento do universo, valorizam o número de funcionalidades e as características técnicas do produto, pois gostam de explorar as suas potencialidades. Já os Brand driven funcionais (31%) dão importância aos produtos com funcionalidades adequadas às suas necessidades, fáceis de utilizar (valorizando a marca) e com algum avançado tecnológico, não valorizando o preço. Este é o factor mais valorizado pelos Price driven, 25 por cento do universo, que compram produtos ao preço mais reduzido que conseguem. Finalmente, os consumidores que compõe o segmento High tech, de baixa expressão (3%), mas existente, são totalmente orientados e adeptos da mais alta tecnologia e produtos inovadores, não dando importância nem ao preço nem à marca.

Os Convergentes procuram informação actualizada sobre o que se passa no mundo, utilizam a Internet, o telemóvel e o portátil como ferramenta e compram aparelhos multifunções. Preocupam-se, também, em modificar as marcas/produtos para os adequar às suas necessidades, preferem produtos individualizados ou de edição limitada, pagam mais por um produto de satisfação total, estão constantemente em busca de conhecimento e têm ainda tendência para o auto-mimo para compensação dos sacrifícios do dia-a-dia.

Os Brand driven procuram hábitos de consumo de produtos com propriedades relaxantes/calmantes, aproveitam o tempo e o seu próprio sossego e têm cuidado com a alimentação/prática de exercício físico. Compram produtos antigos/tradicionais, do tipo minimalista, e consideram que as pessoas devem ter apenas o que precisam.

Os Price driven verificam os prazos de validade, quem e onde se produz e tentam evitar produtos potencialmente prejudiciais para a saúde. Utilizam electrodomésticos que facilitam a vida, têm por hábito fazer compras em períodos em há menos gente e através da Internet. Ainda verificam a composição dos produtos, valorizam anúncios mais “reais”, pesquisam informação pré-venda e valorizam opiniões sobre produtos.

Este estudo GfK revela assim que, embora a marca, principalmente, e o design sejam importantes, têm cada vez mais que oferecer benefícios tangíveis aos consumidores, com destaque para a funcionalidade deste tipo de produtos e equipamentos, bem como a convergência funcional.

Apesar do consumo mais moderado, e no que toca aos hábitos de consumo, mais de um quarto dos consumidores (31%) analisados afirmam ter adquirido produtos/equipamentos de média duração no último ano e 14 por cento demonstroaram a vontade de adquirir em 2010. Com 58 por cento e no topo das preferências está a electrónica de consumo, seguindo-se os produtos/equipamentos relacionados com cuidado pessoal (30%), o cuidado do lar (27%) e finalmente a cozinha (20%).

Este estudo analisou também as motivações que levam à compra, associadas às principais áreas de consumo, e também nesta dimensão está presente uma maior consciência de consumo. 40 por cento dos consumidores compram produtos relacionados com o cuidado do lar para substituírem um produto idêntico que se danificou, 24 por cento adquirem produtos relacionados com electrónica de consumo por serem produtos mais eficazes e 14 por cento por considerar que estes são evoluídos tecnologicamente. No que diz respeito à área de cuidado pessoal, 12 por cento dos consumidores adquirem produtos práticos e de fácil utilização, enquanto seis por cento destacam como principal razão o facto dos amigos também terem ou recomendarem. Por fim, oito por cento dos consumidores fazem compras de produtos para cozinha por não ter este produto.

Segundo o estudo, quem não possui este tipo de equipamento e não o pretende comprar, o principal motivo apontado, por 67 por cento, é o facto de não ser um bem essencial e, como tal, não necessitarem dele. Também neste aspecto é visível o reflexo do neo-frugalismo como tendência de comportamento de consumo.

No que toca ao local de compra, o estudo GfK aponta para a supremacia das superfícies da distribuição moderna (64%), seguindo-se as lojas especializadas em electrodomésticos (30%). Por outro lado, as próprias lojas são a principal fonte de conhecimento da existência de novos produtos para cuidado do lar (55%), seguindo-se os folhetos promocionais (24%), as recomendações de familiares e amigos (21%) e finalmente a Internet, com ainda apenas cinco por cento.


Mercado

L.Branca/PAE

Multimédia

Exclusivos