O Grupo Jerónimo Martins fechou a suas contas do primeiro trimestre com níveis de crescimento nos seus principais indicadores de gestão. As vendas consolidadas continuaram a crescer a um ritmo assinalável, não obstante a elevada pressão competitiva, atingindo 1.955,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 21,8 por cento (+14,1 por cento a taxa de câmbio constante).
O desempenho dos principais formatos do grupo resultou do cumprimento da prioridade estabelecida de aumentar quota de mercado através de uma evolução like-for-like (LFL) superior à média do sector. O crescimento de 9,7 por cento das vendas LFL do grupo, no primeiro trimestre, confirma o sucesso das estratégias implementadas no Pingo Doce, na Biedronka e no Recheio, cujas vendas LFL aumentaram, neste período, 9,7, 13,3 e 2,2 por cento, respectivamente.
O cash-flow operacional (EBITDA) cresceu 17,5 por cento (+9,4 por cento a taxa de câmbio constante) para 118,3 milhões de euros, tendo-se a margem fixado nos seis por cento nos primeiros três meses de 2010. A eficiência da gestão financeira permitiu uma expressiva redução da dívida líquida consolidada para 735,2 milhões de euros, o que representa menos 201,4 milhões de euros em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Os resultados líquidos de Jerónimo Martins aumentaram 30,1 por cento, ascendendo a 42,3 milhões de euros, uns significativos 34,5 por cento se forem excluídos os items não recorrentes.
Em Portugal, registou-se uma queda de 4,9 por cento nos preços do cabaz médio do Pingo Doce, em linha com o índice de inflação alimentar do país, no trimestre em análise. Não obstante estas dificuldades, as vendas LFL aumentaram 9,7 por cento, devido a uma fortíssima evolução de 15 por cento dos volumes. O Pingo Doce beneficiou dos reajustamentos estratégicos iniciados em 2009, nomeadamente de ajustes de preços em produtos-chave, do reforço do sortido de perecíveis e de uma nova campanha de imagem.
O Recheio continuou a contornar a envolvente macroeconómica adversa que afecta tanto o canal HoReCa como o de retalho tradicional, registando um crescimento das vendas LFL de 2,2 por cento. Quanto aos volumes vendidos, registou-se um aumento de quatro por cento face ao período homólogo.
As vendas da Biedronka cresceram 21,2 por cento em moeda local (+36,7 por cento em euros), impulsionadas pela evolução LFL, pela abertura de 42 novas lojas e pela apreciação do zloty em relação ao euro (aumento de 12,8 por cento na taxa de câmbio média para o período). O desempenho LFL manteve o dinamismo já evidenciado no último trimestre do ano passado, atingindo 13,3 por cento nos primeiros três meses de 2010. Destaca-se o crescimento LFL de 15,9 por cento das categorias alimentares.
O EBITDA gerado pela Biedronka cresceu de forma ainda mais assinalável (+26,8 por cento em zlotys e +43,1 por cento em euros) devido ao forte crescimento das vendas e ao aumento da margem em 30 pontos base para 6,5 por cento das vendas.