Notícias
Destaques
Artigos
Banco de imagens
Parceiros
Guia de Marcas
Newsletter
Quem somos
Contactos

PUB
Quase metade dos portugueses não estão preparados para despesas inesperadas
2010-04-20

O estudo da TNS sobre “Literacia Financeira e Comportamentos Financeiros de Risco” mostra que os consumidores portugueses encontram-se vulneráveis a uma emergência financeira e que ainda não investem num plano financeiro.

A análise realizada mostra que muitos dos consumidores, particularmente em Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, Alemanha e México, não possuem actualmente recursos para fazer face a despesas inesperadas, como sejam uma súbita reparação do carro ou da casa ou ainda outros gastos menores relacionados com a saúde.

Em Portugal, quase metade dos inquiridos (44%) referiu que não teria possibilidade de pagar uma despesa inesperada de 1.500 euros nos próximos 30 dias. Já os luxemburgueses são os que se mostram mais confiantes, com nove em cada dez entrevistados a assumirem ter condições para avançar com dinheiro nesta situação. Em Itália, Holanda e Canadá cerca de sete em cada dez entrevistados mostram-se igualmente confiantes perante a possibilidade de enfrentarem uma despesa inesperada.

Este cenário é similar para americanos, ingleses ou alemães que referiram que não teriam capacidade para avançar com este valor, independentemente deste ser proveniente de poupanças, empréstimos, amigos ou familiares. O México apresentou o pior cenário, com 58 por cento dos inquiridos a referirem serem incapazes de encontrar fundos para fazer face a este tipo de despesa.

De acordo com Peter Tufano, da Harvard Business School, “estes números não são apenas reflexo do desemprego ou do número crescente de agregados familiares com menores rendimentos. Em muitos países existe uma fragilidade financeira generalizada, com um número significativo de consumidores da classe média extremamente vulneráveis a emergências financeiras súbitas”.

As poupanças são o primeiro recurso para ir buscar fundos de emergência na maioria dos países inquiridos, sendo o recurso mais provável na Holanda (89%) e no Luxemburgo (86%) mas também para cerca de metade dos respondentes na Alemanha, Estados Unidos da América, Reino Unido, Canadá e Portugal. Não surpreende, pois, o facto de serem o Luxemburgo, a Holanda e o Canadá, os países com maior incidência de consumidores com conta poupança.

As redes sociais informais são também um recurso predominante na procura de ajuda para fazer face a despesas inesperadas em alguns países. Em Portugal, a família é a segunda fonte mais indicada, com 25 por cento dos indivíduos a admitirem o recurso à mesma em situações de emergência financeira. No entanto, apenas oito por cento dos portugueses consideram recorrer aos amigos para fazer face a este tipo de despesa.

Os inquiridos mexicanos e os argentinos são os que maior probabilidade têm em procurar ajuda na família, em detrimento do recursos a poupanças (53 e 43 por cento, respectivamente). Também nestes países os inquiridos assumem uma maior propensão para recorrer aos amigos neste tipo de situação.

O recurso à família está também presente na Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos da América, com cerca de 30 por cento dos respondentes a mencionarem esta fonte.

Embora a omnipresença dos cartões de crédito seja visível no estudo, os inquiridos não esperam recorrer ao crédito para fazer face a uma despesa inesperada. Cartões de crédito e um segundo emprego não são opções populares para resolver ou lidar com emergências financeiras deste tipo. Em Portugal, apenas oito por cento dos inquiridos referiram recorrer ao cartão de crédito como forma de resolver a situação. Já o Canadá (28%), o Luxemburgo (27%), os EUA e o Reino Unido são os países que apresentam maior número de inquiridos (cerca de 20 por cento) com propensão para utilizar cartões de crédito. Para os portugueses, também o segundo emprego como fonte de rendimento extra não é uma opção muito válida, num contexto de emergência económica (15 por cento dos inquiridos).

Em Portugal vender pertences é apenas indicado por quatro por cento dos inquiridos e vender a casa não faz parte das opções a considerar na resolução de uma emergência financeira.

Junto dos consumidores mexicanos e americanos (18 e 17 por cento respectivamente), a possibilidade de vender os seus pertences, excluindo a casa, é uma opção a considerar. Este estudo foi realizado em 14 países, tendo uma amostra total de 14.693 indivíduos. Em Portugal o estudo foi realizado pela TNS, que entrevistou 1.011 indivíduos com 18 anos ou mais, representativos da população portuguesa. Os dados foram recolhidos em Julho de 2009, através de entrevistas telefónicas.


Mercado

L.Branca/PAE

Multimédia

Exclusivos