Notícias
Destaques
Artigos
Banco de imagens
Parceiros
Guia de Marcas
Newsletter
Quem somos
Contactos

PUB
Portugal é o país menos confiante do mundo
2010-04-12

As Organizações Não Governamentais (ONG) são as instituições que mais confiança merecem dos portugueses, enquanto o Governo e as empresas têm uma credibilidade mais baixa, conclui o Edelman Trust Barometer, um estudo internacional efectuado em 22 países e cuja realização em Portugal o Grupo GCI inicia este ano, em parceria com a Ipsos Apeme.

Pela primeira vez, em 2010, o Edelman Trust Barometer inclui Portugal e evidencia, genericamente, um maior pessimismo no que se refere à confiança dos portugueses.

As ONG são as instituições em quem os portugueses mais confiam (52%). Governo (27%), comunicação social (32%) e empresas (34%) seguem a tendência global e europeia, mas com valores abaixo destas médias. A falta de confiança generalizada em Portugal só é comparável à da Irlanda.

Os sectores de tecnologias de informação, energia e alimentar são aqueles em que os portugueses mais confiam, não muito diferente das preferências dos europeus, que também colocam as tecnologias de informação na liderança, seguidas da biotecnologia e do retalho. No fundo da lista, em Portugal, aparecem o sector financeiro (banca com 34 por cento e seguradoras com 30 por cento) e a comunicação social, que tem a confiança de apenas 29 por cento dos inquiridos. Na média da União Europeia, o sector financeiro aparece no último lugar (33%) e a comunicação social ocupa o antepenúltimo lugar (37%).

As multinacionais em que os portugueses mais confiam têm origem na Suécia (62%), Japão (61%) e Alemanha (61%), sendo que no fim da lista estão as multinacionais do Brasil (17%), da Índia (16%) e da Rússia (12%). De destacar que os inquiridos manifestam maior confiança nas multinacionais espanholas (39%) do que nas portuguesas (35%).

O Edelman Trust Barometer Portugal mostra que a fonte de informação preferida os portugueses são “pessoas como nós” (74%), um número que contrasta com a média europeia (48%).

As opiniões de académicos e peritos são muito valorizados pelos portugueses (69%), à semelhança do que acontece no resto da Europa (63%). Entre as fontes de maior confiança para os portugueses estão ainda os motores de pesquisa online (56%), bem acima da média europeia (32%).

Os artigos das publicações económicas merecem a confiança da maioria dos inquiridos (55%) que, no entanto, confiam menos nas rádios (46%), nas televisões (37%) e nos artigos dos jornais generalistas (33%). Ainda assim, e por comparação com a média europeia, Portugal revela uma maior confiança nos artigos produzidos pelos meios de comunicação social.

As informações obtidas junto de amigos e colegas merecem a confiança da maioria dos portugueses (53%), valor superior à média europeia (37%).

Os portugueses confiam mais nas informações divulgadas pelas empresas, como comunicados de imprensa e relatórios (52%), do que os outros países europeus (média de 29%).

Contudo, os porta-vozes com maior confiança dos inquiridos em Portugal são os representantes de ONG (55%), muito acima dos administradores de empresas (36%) e de elementos do Governo (32%).

Os resultados globais do Edelman Trust Barometer apontam para uma nova tendência nas relações de confiança entre os cidadãos e as principais instituições. A ética empresarial ascende aos lugares cimeiros da lista na avaliação da reputação de uma empresa.

A reputação de uma empresa baseia-se agora na confiança e na transparência para 67 por cento dos inquiridos a nível global, valor praticamente idêntico aos 68 por cento que referem como muito importante a qualidade dos produtos e serviços.

Questionados sobre a importância dos principais stakeholders das empresas, 52 por cento dos inquiridos respondem que todos são igualmente importantes, ou seja, nenhum público pode ser descurado, sob pena de haver um abalo na confiança depositada na empresa.


Mercado

L.Branca/PAE

Multimédia

Exclusivos