Depois de um ano de consumo frugal, o mercado britânico dos pequenos domésticos prepara-se para um crescimento considerável, segundo uma nova pesquisa da Mintel.

O modesto crescimento de um por cento verificado em 2008 foi sucedido de uma queda de dois por cento em 2009. A reduzida confiança dos consumidores motivou o adiamento da substituição dos equipamentos e um corte nas compras menos necessárias.

Contudo, a Mintel antecipa que os britânicos se preparam para actualizar as suas cozinhas. Ao longo dos próximos cinco anos, os pequenos domésticos deverão sofrer uma subida de 15 por cento em volume de cinco por cento em valor. “A recessão teve um efeito misto nas vendas de electrodomésticos. Enquanto muitos de nós adiaram a substituição dos seus electrodomésticos, a falta de dinheiro também motivou um maior interesse nestes produtos, fruto da transferência do consumo de alimentos para dentro de casa”, explica Richard Caines, analista sénior na Mintel. “A mudança de tendências no design e decoração das cozinhas proporciona uma oportunidade para uma substituição mais frequente dos electrodomésticos quando a confiança do consumidor regressar”.

A perda do factor de apelo proporcionado pela novidade do produto é, no entanto, um problema deste mercado, dado que quatro em cada dez consumidores britânicos admitem que têm electrodomésticos que costumavam utilizar mas que já não o fazem hoje em dia. O estudo da Mintel sublinha ainda que os consumidores estão a ficar desiludidos com o curto ciclo de vida de muitos dos modernos pequenos domésticos, tanto mais que quatro em cada dez estão preparados para pagar por qualidade duradoura, poupando dinheiro a longo prazo e beneficiando o ambiente. Finalmente, o espaço é também um entrave para um em cada cinco consumidores, ao acumulares mais pequenos domésticos ao longo dos anos.