Apesar de uma das maiores crises económicas das últimas décadas, os maiores retalhistas mundiais conseguiram, mesmo assim, ver as suas vendas crescerem 5,5 por cento no ano fiscal de 2008, terminado em Junho do ano passado, para um total de 3,8 triliões de dólares. Contudo, a edição de 2010 do estudo "Global Powers of Retailing", desenvolvido pela Deloitte em parceria com a revista Stores, mostra que a recessão global deixou marcas na actividade dos 250 maiores retalhistas mundiais, cuja rentavilidade caiu dos 3,7 por cento registados no ano fiscal de 2007 para 2,4 por cento em 2008.

Dois terços dos 184 retalhistas que revelaram os seus resultados viram a sua margem de lucro líquida diminuir em 2008, com 30 empresas a reportarem perdas. Esta tendência foi transversal a todas as geografias e categorias de retalho. Os retalhistas europeus viram a sua rentabilidade descer de 4,1 por cento em 2007 para 2,7 por cento em 2008, enquanto os norte-americanos perderam de 3,6 por cento para 2,4 por cento. Apenas as empresas de África e Médio Oriente registaram um aumento da margem de lucro.

Os retalhistas de equipamento e produtos de lazer, onde se incluem os do sector electro, viram a sua margem de lucro desaparecer em mais de metade, de 3,1 por cento para 6,8 por cento. Mesmo no sector dos Fast Moving Consumer Goods (FMCG), onde se incluem as empresas de retalho de base predominantemente alimentar, sentiram os lucros cair de três por cento para 2,2 por cento, apesar de demonstrarem um crescimento das vendas de 8,6 por cento, superior ao dos retalhistas dos outros sectores. Como nota Ira Kalish, director da unidade de Consumer Business da Deloitte Research nos Estados Unidos, em 2008, “muitos retalhistas ‘compraram’ as suas vendas com fortes promoções que afectaram a sua rentabilidade”.

Saiba mais pormenores na próxima edição da Rm-Revismarket.