CB Richard Ellis aponta Alemanha como principal destino para expansão do retalho na Europa em 2010
Segundo o novo estudo da CB Richard Ellis, a Alemanha surge como o primeiro destino-alvo para os retalhistas que procuram expandir a sua presença internacional na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) em 2010.
O relatório “How Active are Retailers in EMEA?” revela que 47 por cento dos retalhistas inquiridos apontam a Alemanha como principal destino dos seus planos de expansão, seguida da França, com 44 por cento e da Espanha com 36 por cento.
Segundo o estudo, apesar das incertezas do actual panorama económico, o optimismo quanto ao futuro próximo prevalece entre muitos retalhistas, que estão estrategicamente a expandir-se para novos mercados. Apesar dos resultados da pesquisa revelarem uma franca convergência para os mercados mais maduros da Europa Ocidental e para as localizações prime, alguns retalhistas adoptaram uma estratégia oposta e, procurando vantagens competitivas, incluem nos seus objectivos novos mercados ainda por explorar.
Os cerca de 200 retalhistas que pretendem abrir lojas até ao final de 2010 identificaram um total de 56 países como potenciais destinos de expansão. São os países da Europa Ocidental que dominam, incluindo sete dos dez destinos mais seleccionados para expansão. A Polónia, a Roménia e a Rússia foram a excepção à regra, representando a Europa Central e de Leste na lista dos top 10. Mais de 45 por cento dos retalhistas incluem nos planos de expansão para 2010 pelo menos um país da Europa Central e de Leste. Só a Polónia, atraiu mais de 34 por cento dos retalhistas inquiridos.
42 por cento dos retalhistas planeiam abrir uma ou mais lojas no sul da Europa e 24 por cento incluem nos seus objectivos um ou mais países da região do Médio Oriente e Norte de África. No entanto, o interesse nesta região centraliza-se nos principais mercados dos Emirados Árabes Unidos, com menos de 20 por cento dos retalhistas interessados nos mercados fora dos Emirados. Para alguns retalhistas, ser dos primeiros no mercado continua a ser o objectivo primordial e, face à conjuntura económica actual, torna-se possível avançar para mercados até agora inacessíveis. A aquisição de concorrentes “mais frágeis” e o imobiliário mais acessível permitem entrar nestes novos mercados.
Dos 200 retalhistas com planos de expansão, 73 (36,5%) projectam abrir um número igual ou superior a dez lojas até ao final de 2010, dos quais 25 (12,5%), tirando partido das condições actuais do mercado, avançarão com uma estratégia mais agressiva, tendo planeado abrir mais de 40 lojas no decorrer do próximo ano. No extremo oposto desta escala estão presentes cerca de 40 por cento dos retalhistas que não planeiam abrir mais do que cinco lojas em 2010.
O estudo revelou ainda que o segmento do retalho com o maior plano de expansão em 2010 é o segmento que engloba o retalho alimentar, alimentação e bebidas, com mais de 40 por cento dos retalhistas a planear abrir mais de 30 lojas até ao fim de 2010. Esta é uma tendência que se está a reproduzir no sector do retalho têxtil especializado, com cerca de 30 por cento dos retalhistas a apresentar também planos de expansão para mais de 30 lojas.