Os lucros da Jerónimo Martins atingiram os 138,7 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, mais 14,2 por cento do que no mesmo período de 2008, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira, dia 29 de Outubro, pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O grupo considera que os resultados apresentados são “sólidos” e antecipa que, apesar da “actual envolvente macroeconómica”, está optimista em relação aos resultados do último trimestre do ano.
Durante os primeiros nove meses do ano, as vendas da retalhista aumentaram 5,8 por cento para 5,3 mil milhões de euros, devido em grande parte “forte desempenho dos supermercados Pingo Doce”, como explica no comunicado. O EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) subiu mais 12,6 por cento face ao homólogo, ascendendo a 373,7 milhões de euros no final de Setembro. A margem EBITDA consolidada atingiu sete por cento das vendas, "beneficiando da integração da Plus”, enquanto a dívida líquida do grupo caiu para 780,9 milhões de euros.
Em Portugal, as vendas líquidas da actividade de retalho cresceram 9,1 por cento nos primeiros nove meses, tendo atingido um total de 1.819,6 milhões de euros, o que inclui 193,5 milhões de euros gerados pelas vendas das antigas lojas Plus. “Esta evolução positiva das vendas, apesar do forte impacto da deflação do cabaz médio no terceiro trimestre do ano, comprova a actractividade dos modelos de negócio do grupo, num mercado cada vez mais competitivo”, sublinha a Jerónimo Martins.
No Pingo Doce, a retalhista salienta o crescimento “like-for-like” (LFL) de 1,4 por cento das vendas em valor, a par do “excessivo aumento dos volumes vendidos”, dada a deflação no cabaz médio registada nos primeiros nove meses de 2009. Já no Recheio, as vendas aumentaram dois por cento numa base comparável, enquanto o crescimento dos volumes vendidos ultrapassou os quatro por cento. Na Madeira, as vendas LFL cresceram 2,8 por cento, no terceiro trimestre.
Já na Polónia, o grupo reforçou a liderança da Biedronla, com as vendas totais a crescerem 33,6 por cento em zlotys, a moeda local.
Estes resultados ficaram acima das expectativas dos analistas. As acções da Jerónimo Martins seguem a valorizar 0,86 por cento para 6,07 euros.