O comércio rua demonstrou, no primeiro semestre, um abrandamento, facto a que a Aguirre Newman, no seu mais recente estudo do mercado imobiliário, atribui ao actual clima de recessão generalizada.
A procura no primeiro semestre registou uma diminuição em consequência do enquadramento económico actual. Foi evidente uma maior retracção dos retalhistas no que concerne à sua expansão e, por outro lado, ocorreram algumas desistências ou adiamentos de marcas internacionais em entrar no mercado nacional.
No entanto, é de referir que a crescente saturação de outros formatos como os centros comerciais e a necessidade dos retalhistas encontrarem outras soluções tinha vindo a imprimir uma dinâmica maior ao comércio de rua.
Quanto à oferta o “ressurgir” do comércio de rua tem vindo a ter alguma expressão no centro histórico da cidade de Lisboa, nomeadamente no Chiado, na Rua Garrett, a sua principal artéria comercial. A Avenida 24 de Julho (Santos) é outro eixo comercial onde esse “ressurgimento” é visível com os espaços comerciais a serem ocupados por lojas de decoração e gourmet, entre outras.
Relativamente às rendas praticadas nas transacções de espaços comerciais de rua, os proprietários mostram-se mais receptivos a negociar. Ainda assim, alguns proprietários continuam a defender a “actualidade” dos valores praticados junto da procura, aceitando revê-los já numa fase tardia da negociação. Como resultado, verificou-se uma ligeira redução no valor das rendas praticadas.